FLASHES DA VIDA

A gente nasce indefeso e sem noção do espaço que nos rodeia. Uns são cuidados, outros abandonados; uns são ensinados, outros maltratados. Alguns são, na infância, prodígios, outros subnutridos. Uns recebem conselhos, outros recebem castigos.
O tempo passa, a gente cresce movido pelos sonhos, pela esperança e a impressão que o caminho à nossa frente é infinito. Alguns se realizam, outros se decepcionam. Alguns se tornam grandes naquilo que escolheram; outros não tiveram escolha porque foram ceifados, jovens ainda, pela inversão cronológica que a morte faz. Alguns estudam, outros se perdem nas veredas fáceis da droga. Uns levantam bandeiras de paz e cooperação, outros se mascaram e são usados com segundas intenções.
A roda gira e mais veloz se faz na adultez. É tempo de colher, mas ainda é tempo de plantar. Uns desfrutam da riqueza; outros, despidos de tudo, tem como teto apenas as estrelas. Alguns movem o mundo com a leveza da solidariedade; outros cerceiam a liberdade de tantos, movidos pela ganância que o comércio de armas traz. Muitos, em corrente, lutam pela paz; muitos, em conchavos, desencadeiam guerras.
Em certo ponto, e não sabemos em que estação, o trem da vida nos desembarca e lá vamos nós, sem a bagagem material que tanto cultivamos. Sozinhos fazemos a travessia, levando apenas os sonhos bons que concretizamos e o carinho dos seres que amamos. Uns acreditam na imortalidade do espírito; outros que, com a morte física, tudo acaba. Neste ponto, de nada valem as discussões. Vida e morte podem ser cenas de um mesmo filme, mas são, ainda, uma incógnita para nós...
                                                                                                                                           Giustina
(inagem Google)
Giustina
Enviado por Giustina em 17/03/2014
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