Crônicas de dois aventureiros.

Na minha infância eu era uma criança livre, desprovida de tanta responsabilidade que eu tenho hoje estudando ou buscando um emprego. Enfim, em um dia linda ensolarado com muitas nuvens eu e meu amigo Breno estávamos brincando de chefes de cozinha, vocês sabem, pegar terra do chão e misturar com água. Felizmente naquela época eu tinha uma imaginação preenchida por várias coisas diferentes que eu podia fazer, eramos dois aventureiros.

Eu era uma criança boba, eu tinha dez anos e ouvia noticias o tempo todo sobre tráfico de drogas e ficava impressionado como aquilo fazia mal às pessoas e o medo o que elas poderiam fazer comigo se eu as pegasse. Naquele mesmo dia eu e o Breno avistamos uma pedra, diferente de todas que eu já tinha visto antes, estava coberto por um pó branco, quando eu olhei ela eu logo pensei: Crack! Mas era apenas pedra pulverizada e durante dias fiquei imaginando se teria complicações, eu pensava que ficaria doente ou algo do tipo por inalar a pedra e o pó em volta dela. Não era nada! apenas a minha imaginação, e ao passar dos anos eu me questionei sobre como eu tinha uma mente desenvolvida naquela época, pensava o quão precavido era sobre os riscos a saúde o uso de drogas, era de se imaginar, pois eu gostava muito de escrever nessa época, errado, mas escrevia muitos textos. Desde pequeno eu lia e escrevia talvez isso tenha servido para que eu criasse ideias que despertassem a minha imaginação, os tempos em que meu cérebro evoluía com constante uso do mesmo.

Quando nós somos crianças criamos um mundo para nós, afastado de toda a existência de mal e perigoso, uma época em que somos inconsequentes apenas nos divertindo e abandonando as regras dadas pelo mundo. Eu não consultei ninguém antes a respeito da pedra e o pó, pois era nosso mundo e tínhamos nossos próprios pensamentos, quando se é pequeno e neste mundo que vivemos, um reino de muitas brincadeiras, o reino da benevolência eterna.

Com o tempo a natureza exuberante tornou-se vizinhança, e no final eu nunca mais vi pedras como aquelas, fez muita falta, pois algo daquele tipo despertou a minha mente para o pensamentos fora daquele mundo que eu vivi quando criança, e por coincidência uma pedrada na cabeça abriu caminho para fora do mundo dos sonhos e direto ao mundo real: -Eu viverei neste mundo a partir de agora -dizia eu, com o impeto de sonhar alto e buscar a felicidade naquele mundo. O mundo em que eu vivia quando pequeno era: O Reino das Brincadeiras. Agora o mundo é: O Reino das Lutas.

Franklin Furtado Ieck

Sr Furtado
Enviado por Sr Furtado em 17/03/2014
Código do texto: T4731904
Classificação de conteúdo: seguro