FALTA. PERDÃO. PALAVRA. QUARESMA.

No centro do mundo o homem, nele sua história, contada e recebida, nas eras, de formas múltiplas, pelo próprio homem. Na anterioridade do homem seu Criador, O Primeiro Movimento. Nele a essência onde se procura o melhor, em nós. Na vontade presidida pelo discernimento sua direção, toda a história da humanidade, à margem de realizações satisfatórias, mas regradas pela vontade comum em inumeráveis sufrágios universais com variada ideia, ideologias, políticas, aparentemente humanizadas.

A única vontade não solidificada nem posta em exercício de forma institucional-estatal, embora encabeçadas pela Lei Moral as regras, foi a de Cristo. Há um processo psicológico-normativo que poucos percebem, faz parte dos regimes representativos. Estabelece-se pela vontade da palavra, emitida e recebida.

Estamos em época de características próprias, penitencial, de conversão e depuração, a Quaresma.

Não há homem sem falta nem virtude sem escola e sofrimento.

Cristo não apontou o pecado ou sua punição, mas o amor e seu benefício. A palavra desconstruiu e construiu, seu leito é a vontade, nada agregado no seu exclusivo verbo, o do Cristo, como único e assim aceito.

O exame da consciência, MESMO O QUE AGORA POSSO FAZER, mostrará minha falta, a falta da palavra que mais construa quem a recebe do que satisfaça o que elaboro e meu razoável apuro, que pretendo simples quando lanço a palavra. Impõe-se minha singeleza, estará falta?

Não há falta senão na consciência, maior de todos os tribunais, o que está dentro de nós. Não há perdão pela palavra, mas pelo arrependimento eficaz, o que ocorre até mesmo na lei dos homens, formalmente, no penalismo regrado se ocorrentes seus requisitos. Está, também, na vontade. Socorre a não incidência punitiva sob o manto da culpabilidade o aspecto psicológico-normativo nascido do processo volitivo. Tempo para evitar o dano inicialmente causado necessita-se, evitando-se por ação, arrependimento eficaz, que ele vá se consumar.

É preciso legitimar pelo credo a palavra, na sua ordeira caminhada possível e desse passo, nessa esteira, submissa aos ensinamentos do Cristo, em genuflexo à sua Cruz e seu martírio, sua Razão, formalizar a vontade que está acima de qualquer outra, aquela que nunca se colocou real e de forma consolidada em praticidade na parte ou no todo, nas paralelas que podiam se encontrar, do divino Filho de Deus, nascido Homem como Jesus de Nazaré, o Cristo, com as palavras que não seguiram a PALAVRA PRINCIPAL, as palavras dos homens.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 16/03/2014
Reeditado em 18/03/2014
Código do texto: T4730911
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