Mulher é bicho extraordinário
Não me tome o leitor ao ler estas linhas, por galanteador ou Don Juan de plantão, longe disto, sou apenas uma vitima ante aquilo que aos nossos olhos, nos parece indecifrável.
Mas o que há de extraordinário na projeção do estereótipo feminino? Uma resposta breve diria serem suas formas e contornos, à parte isto, não que não sejam, mas é preciso ir além.
Pode-se dizer com certeza, no entanto, que não há nada mais extraordinário na mulher, do que a capacidade de cometer crime, subtrair, trapacear, tirar vantagem mesmo, tudo isto sem denunciar-se, sem nem mesmo deixar rastros ou fazer uso de força bruta.
Ela captura toda e qualquer atenção de sua vitima para si, fazendo o voltar-se depois a ela e aproximando-se ao extremo e até extenuar-se, pratica o ato libidinoso, o furto, ou seja, sorrateiramente toma de outrem aquilo que não lhe pertence, e o defende, como se defende a vida.
O subtraído, sujeita-se, pacificamente à expropriação, não reage, não reclama, não denuncia.
Consumado o ato, desaparecem os vestígios e a criminosa segue impune, dia após dia, usufruindo os benefícios da vida fácil, agora me responda, o leitor, a mulher não é de fato um bicho extraordinário?
(Nelson A. R. Corrêa-08 de Março de 2014)