Jardim Palmares.

Nasci num bairro que estava passando por uma grande mudança estrutural...

Muitas obras!

Sabe aquelas histórias sobre lajes? Pois é; vivenciei muitas...!

Experimentei todas as comidas "pesadas", por conta destes "eventos". Menos a 'vaca atolada', por ser um prato, relativamente, novo (para mim, pelo menos).

Conheci este prato em circunstância de um encontro futebolístico contra um time de Petrópolis.

Neste dia, graças ao Tuninho Dezoito, perdemos de quinze a três!

Ele podia dizer que tinha medo da bola, antes de entrar para o gol, não é mesmo?

Mas o foco desta crônica é outro...

Diante de tantas obras, aprendi a desentortar pregos usados.

Ou por ter de reutilizar os pregos, ou por ter de retirar das tábuas usadas, para reutilizar estas. As aproveitando para desentortar os pregos!

Lembro do primeiro! Não pela marca, feitio ou tamanho. Mas pela feição demonstrada pelo mestre de obras, que me pediu para fazer o "serviço".

Quero ressaltar que era como um divertimento, mas tinha que ser feito com seriedade!

O prego entregue, de muito torto, passou a torto. Mas, para mim, estava certinho!

Mesmo fazendo como sem jeito, me pediam para desentortar pregos... Sempre!

Não é incrível, isso!

Estava sempre perguntando sobre as técnicas e medidas para se obter uma boa massa. E qual massa servia para alvenaria e qual massa servia para o rebôco. E depois de um explicação pífia, me pediam para desentortar pregos...

Sabem da maior? Nunca me ensinaram como fazer!

Desafio a alguém dizer o contrário. Pois dificilmente, algum daqueles amigos teria acesso à internet (se estiverem vivos, também).

Eram pessoas muito humildes e já tinham uma idade avançada.

Bem, hoje precisei utilizar da técnica Glauco-desamasse-o-prego.

Esta técnica me permitiu observar o quanto estou distante do Glauco do primeiro prego.

Hoje, não desamasso pregos. Hoje, faço o prego dançar nas ondas que ofereceram a ele!

Glauco Sessa
Enviado por Glauco Sessa em 14/03/2014
Código do texto: T4728049
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