BANDIDO É BANDIDO!
 
 
Aqui já falei de várias situações e casos sobre a personalidade humana, do caráter desse bicho chamado homem. Escrevi: o criminoso e a consciência, o psicopata, entre outros. Sempre abordei de forma popular e com pequenas pinceladas da ciência, mas hoje vou abordar de forma mais específica, demonstrando que dessa vez a ciência está muito certa, certíssima. Falaremos do brocado jurídico: “in dubio pro reo”. Este princípio usado diariamente pelos julgadores do direito penal busca fazer justiça condenando de fato o verdadeiro criminoso, aquele que é acostumado ao delito, porque como bem diz o título: bandido é bandido.
 
Em Direito aprendemos na sala de aula um dos princípios basilares para que o nobre julgador, o juiz, deverá sempre pautar sua decisão de condenar o réu somente com a plena convicção da sua culpa, na dúvida deverá deixá-lo livre, porque melhor é deixar um bandido solto do que condenar um inocente. E a ciência explica: porque se condenar um inocente além de tirar-lhe o direito de ir e vir poderá condená-lo a morte, porque entre os culpados dificilmente suportará a dor. Já o bandido que ficar solto, facilmente incorrerá em outro delito, quando novamente será preso e dificilmente escapará de uma sentença penal.
 
In dubio pro reo
é uma expressão latina que significa literalmente na dúvida, a favor do réu. Ela expressa o princípio jurídico da presunção da inocência, que diz que em casos de dúvidas (por exemplo, insuficiência de provas) se favorecerá o réu. É um dos pilares do Direito penal, e está intimamente ligada ao princípio da legalidade”. Tirei da Wikipédia esse texto que satisfaz bem o entendimento popular, sem termos jurídicos para você que lê possa ter certeza do que leu. A afirmativa que bandido é bandido, afirma-se que, se livre solto, logo cairá na desgraça de um novo delito não é minha, mas dos pesquisadores da ciência que estuda o comportamento criminoso no ser humano, a Criminologia.
 
Na primeira vez que li e ouvi em sala de aula o termo fiquei curioso e fui pesquisar, encontrei vários ensaios e textos científicos com provas cabais do que a ciência afirma, depois de exaurir todas as atenuantes tive que aceitar a afirmação e passei a fazer parte da corrente que assim pensa. O mais interessante depois que prestei atenção nas pessoas que costumam praticar crimes é que de fato dificilmente se recupera o indivíduo que é acostumado à prática criminosa, são raríssimas as exceções, digamos que de cada 50 apenas 1 deixa a vida criminosa. Outro detalhe, o criminoso tem o seu ramo de atuação, como se fosse uma especialização. Hoje escrevo esse texto apenas para ratificar meu pensamento, conheço um criminoso que vez ou outra ele cai no mesmo erro, comete o crime e pensa que nada vai acontecer, mais uma vez foi pego, que nem dizia minha falecida mãe: “com a boca na botija”, porque Bandido é Bandido!