O Primeiro Trabalho de Freitas
Freitas tinha vinte e dois anos, era bonito, muito sensual, mas nunca tinha trabalhado na vida, gostava de curtir o carnaval só que numa de suas últimas curtidas, seu pai avisou que seria a última, o rapaz teria de trabalhar para sustentar seus gostos. Agora ele se via diante de um problema sério, acordar cedo e procurar um emprego! Não gostava de estudar, era muito bom em tecnologia, pois só vivia com telefones e outras coisas da última geração. Numa sexta-feira, depois de várias tentativas mal sucedidas de conseguir um emprego, ele estava feliz, mas sua felicidade duraria pouco, seu pai quando chegou do trabalho avisou que tinha conseguido um emprego pra ele em uma empresa no Centro de São Paulo, e ele foi, apresentou-se e começou a trabalhar! Por incrivel que pareça ele gostou, não acordava cedo, tinha um bom salário e também havia muitas raparigas em sua sala, ele estava contente, todos na empresa pareciam gostar dele.
No terceiro dia de trabalho,ouviu de Carlos, um rapaz que trabalhava lá a mais tempo: - cara, não precisa ficar com vergonha ou timidez, todo mundo aqui é uma família e no que você errar, estaremos juntos para te ajudar a não errar mais! O belo rapaz, com o rosto vermelho abaixou a cabeça e deu um sorriso, depois foi-se embora dalí. Os dias se passaram, e tudo ia bem, Carlos, Admir, Robson, Valéria e Freitas reunian-se sempre na esquina do Chopp, na grande cidade, a cidade que não dorme. Até rolou algo entre Freitas e Valéria, nada sério.
Depois de alguns dias de trabalho, o rapaz que antes acordada até memso antes da hora e chegava cedo demais ao trabalho, passou por motivos de falta de atenção, acordar mais tarde, ficava até tarde nas redes sociais, então não conseguia acordar cedo, chegando na empresa, o rapaz que era lindo, já não entendia o olhar dos muitos colegas de trabalho. O dono da empresa, Geraldo Sodré, era amigo de Arlindo, o pai de Freitas, então, os atrasos e falta de atenção de Freitas eram sempre boicotados! Como ele era o último a ser empregado na empresa, os mais velhos sentian-se no direito de mandar, de não fazer mais nada e só reparar os defeitos de Freitas, ele poderia ter feito tudo maravilhosamente, mas se ele fizesse qualquer outra coisa errada, mesmo que pequenamente, eles sabia e logo humilhavam Freitas. O convívio que parecia ser de amor, de família como bem diza Carlos, mudou.
Até que um dia em uma reunião, Geraldo decidiu colocar Carlos como encarregado total de Freitas, começou então o inferno na vida do tal rapaz que era bonito. Sexta-Feira, faltando uma hora para acabar o horário do serviço, Carlos se dá conta de que Freitas não tinha terminado ainda de fazer o que estava fazendo, ele não tinha terminado porque o mesmo Carlos, o levou para fazer outro trabalho, Robson que trabalhava com o encarregado do rapaz, fez a cabeça do tal e infernizou a vida de Freitas.
-Freitas, você está pensando que está aonde? acabou mordomia, filho de papai e de mamãe aqui não tem vez, você fica o tempo inteiro neste telefone em quanto tempos tantos coisas a resolver, olha como etá este móvel ? Culpa sua!
Freitas perdeu a vontande de ir trabalhar, todo dia era algo diferente, ele o chefe não queria saber de nada, só mandava. Então terminando o horário, Freitas tinha marcado com uma menina que ele saía de se encontrarem na mesma esquina do Chopp, ele iria pedi-lá em namoro, iria ser lindo, mas Carlos, irritado, fez com que a alegria de Freitas acabasse! e acabou.
Freitas, tem uns relatórios que estão na minha mesa, quero todos prontos pra hoje, e não tente argumentar contra mim, ou mando você pra Rua, você que ir? Do nada, com mais raiva pegou todas as folhos e jogou no chão e disse: limpe agora mesmo! Ele perdeu o encontro, a menina foi-se embora do Estado. Foi quando decidiu sair do emprego, mas quem o aceitaria sem qualquer qualificação, ele sentia na pele o preço de não ter ouvido os pais. Ninguém o contratava, até que ele encontrou força e continuou, só que agora com um lema: minha família sou eu.