A DUREZA DA TRAIÇÃO

Penélope sai do banho enrolada em uma toalha azul. Linda. Gotículas de água ainda escorrem por seu rosto e descem sobre seu pescoço e colo. Para frente ao guarda roupa e (como toda mulher) ela não sabe o que vestir. Experimenta várias roupas e vai jogando uma a uma sobre a cama. Desanimada. Olha a bagunça que já havia feito e resolve vestir uma das roupas que está sobre a cama.

Ela é uma mulher pequenina. Loirinha. Olhos claros. Quem passa por ela, jamais a olhava distraidamente, mesmo porque a força dos olhos de Penélope parece atrair e hipnotizar quem ousar enfrentar a firmeza daquele olhar.

Sua aparência é doce, inspira confiança e emana uma pureza e inocência de menina. Os mais ousados sentem desejo de pega-la no colo e ninar, a imaginando indefesa.

Penélope, no entanto sem despertar suspeitas, leva dentro de si toda a tristeza do mundo. Seu coração fora substituído por um pedaço de gelo e ela coloca esses sentimentos na frieza de raciocínio e forma de tratar as pessoas ao seu redor.

Penélope é uma mulher que foi traída... E traição é como um cristal que se quebra, pode ser colado novamente, mas sempre haverá marcas.

Não imaginou que seria traída, e por mais que doa ser traída há a chance de não doer tanto, ou até mesmo de nunca saber que a traição aconteceu. Porém quando ocorreu, a decepção com a outra pessoa, foi imensa, pois passou a perceber que não o conhecia tão bem como acreditava. A raiva de si mesma, pois pensava que de alguma fora responsável. Pensamentos sobre nunca mais encontrar alguém que pudesse ser fiel apareceram com a traição e tornou a vida um tormento. Perdera a esperança de ser feliz novamente.

Wal Ispala
Enviado por Wal Ispala em 11/03/2014
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