Viva Las Vegas!!
Continuo encontrando brasileiros que disseram que gostam de viajar pra New York, Miami, Londres, Paris, Las Vegas etc etc.
Então pergunto o que mais gostaram de fazer lá. "Compras!" - me respondem.
No caso de Las Vegas o fato reflete a ânsia de nossa sociedade de mostrar o "poder de consumir". Que se dane o lugar, a cultura, os hábitos e o que a cidade tem de oferecer além da Disneylândia, subida na Torre Eiffel, Empire State e visitar o Grand Cannyon.
Fiz a viagem a Vegas e procurei saber antes, na internet, o que os mais experientes que lá estiveram tinham o que sugerir. Sem exceção, ninguém jogou em qualquer cassino. Mas "estiveram" lá! Visitando!
E sem exceção também, me orientaram brilhantemente a fazer compras nos dois "outlets"!
Sempre fui fascinado por Las Vegas. A cidade existe desde começo do século vinte.
Mas como local de uma "Sin City" foi a partir da idéia de um tremendo mau-caráter, gangster e assassino de nome Bugsy Siegel. Lógico que ele fazia parte da Mafia nova-iorquina.
Essa historia foi filmada de uma maneira ou outra por Holywood. O filme Bugsy, com Warean Beatty e Annette Benning dá uma boa ideia quem foi Bugsy.
Mas o a mídia definitiva sobre Vegas é o livro "A cidade das redes" de Otto Friederich.
O Flamingo foi o primeiro hotel-cassino e na inauguração, 1946, choveu torrencialmente, coisa rara, apresentando goteiras por todos os lados. Fechado, foi reinaugurado uma ano depois. Menos de dois anos após quando começava a dar lucro, Bugsy foi mortalmente baleado em sua casa em Palm Spring, longe quase setecentos quilômetros do Flamingo e da fortaleza construída e intricados túneis para sua fuga, em caso de um ataque.
Cheguei no Flamingo, joguei e perdi minha cota da noite no blackjack ( nosso popular vinte e um) e fui ver a pedra que homenageia Bugsy. Ela se encontra pra quem vai a piscina e passa pela capela, bem em frente.
Dali, uns seis quilômetros, se encontra o Mob and Law Enforcement Museum, Museu da Máfia. O prédio é uma antiga delegacia. Todo o charme dos filmes Noir de gangsteres se encontra ali e dá pra sentir a vibração do local. Vinte dólares pra entrar e não pode tirar fotos.
Saindo de lá, alguns passos e entramos na Fremont, o bas-fond da Vegas moderna. Fremont é a famosa rua coberta com uma tela onde se projeta a historia da antiga Las Vegas.
De lado a lado vemos os antigos cassinos ainda em pleno funcionamento mas apresentando uma divina e encantadora decadência.
No Binion´s, em frente ao famoso Golden Nugget, tem o museu do Elvis. Consumi duas cervejas em homenagem a ele e ao local.
No Golden, sentamos na varanda e assistimos ao "teto-tv da Fremont".
Me hospedei no Luxor. Aquele da pirâmide. Lá tinha a exposição dos artefatos resgatados do Titanic. No cartaz dizia que essa exposição só sairá de lá em 2018. O que induz você a pensar que é única.
Meu filho me diz que viu a mesmíssima em Orlando! e Agora?
No Mandelay Bay, onde ganhei um pouco mais de quinhentos dólares, é ligado ao Luxor por imensos e luxuosos corredores, como nos aeroportos e também por um monotrilho de três carros. Liga também ao Excalibur, onde tem uma fantástica contenda dos Cavaleiros da Távola Redonda.
No Paris-Vegas, magnificamente reproduzida a Paris com sua torre Eiffel de um pouco mais de cem metros, jantamos num típico restaurante francês, ao lado do restaurante do Gordon Ramsey (famoso por seu programa televiso). Refeição excelente, num ambiente que nunca vi nem entrei no Brasil. Quanto custou? Setenta e oito dólares pra nós dois.
Vimos o "love" do Cirque du Soleil. Cem dólares cada um e não pode tirar fotografias.
Existem mais outros quatro shows do Cirque du Soleil. Se aceitam minha sugestão, coloque-os pra escanteio. É tudo quase que a mesma coisa, só mudando os figurinos.
Arrisque a ver os shows de mágica, Penn and Teller, Chris Angel, Copperfield etc. Bluemen (aqueles da Tim) são inovadores e tem os outros shows nessa linha mais com o próprio estilo.
Vimos o show "Vegas" que traz a nostalgia dos tempos de Sinatra, Martin and Sammy Davis. Cem dólares cada um e nada fotografia. Mas você pode tirar com os atores na saída, pelo fotografo do teatro e custa vinte dólares. É fo...go!
Nos foi dito que os espetáculos da última sessão são trinta por cento mais barato.
Aí, o sujeito aluga o carro e saí pra visitar o Grand Cannyon. Oito horas ida e volta. Ou ir comprar tênis nos outlets.
Bom, tenho mais pra contar. Mas acho que já me alonguei demais por ora.
Viva Las Vegas!