A Balada de Radha
Bati na porta ao chegar em casa
Quem a abriu? Era Auri ou Radha?
Sândalo, melodia e som de flauta
E ela dizendo: “Bem vindo, Gopala!”
Deixei de ser adulto cansado
Tornei-me um menino azul
Na mesa um belo prato preparado
Era oferenda para mim ou Vishnu?
Auri caminhava, Radha sorria
O amor em pura devoção
Estávamos no Brasil ou na Índia?
Ou era outro lugar? Sei dizer não!
Mas nesse lugar se sente
Que o amor reflete o infinito
Bebe-se o agora e o sempre
Não há lugar mais bonito
E foi assim numa noite qualquer
Que Radha transformou-me em Krishna
Pois há entre todo o homem e mulher
Um quê de Gopi, um quê de Govinda