MÃE-CORPO SEM IDADE,MENTE SEM FRONTEIRAS
DEDICO ESTE TEXTO ÀS MÃES DO RECANTO
O Clã da família. Estou aí na frente de terno preto
Mãe
DEDICO ESTE TEXTO ÀS MÃES DO RECANTO
O Clã da família. Estou aí na frente de terno preto
Mãe
- Existe alguma coisa melhor que uma mãe?
Eu tive uma mãe até uns anos atrás. Ela morreu num hospital, de morte natural aos 96 anos. Ela teve 19 filhos, criou 10, os outros morreram de problemas infantis da época.
Mas veja só, esta mãe fugia a todas as regras de uma pessoa de sua idade. Ela vivia com minha irmã em Vitória.
As suas tarefas diárias: nas horas vagas ela fazia tricô donde surgia belas colchas para presentear as netas. Estas colchas pesavam nada menos que dez quilos. Mas não ficava ai. Ela lia todas noticias do dia nos jornais. As revistas especializadas em fofocas de novelas, ela sabia tudo.
Minhas dívidas com minha mãe, nenhum dinheiro paga. Saí de casa para estudar fora aos 17 anos, de mala e cuia. A família passava por maus pedaços. Meu pai, que era um produtor e industrial, na arte do couro, faliu e o recurso foi minha mãe assumir a direção de uma pensão que era de minha tia. A pensão tinha bons clientes, pessoas honestas e assim, minha mãe em sua luta diária movimentava aquele negócio que proporcionava a família sua sobrevivência. Era também uma costureira: confeccionava calças masculinas, roupas femininas e ainda preparava material para fabricação de tamancos.
Deste dinheiro sofrido e de muito suor, ela mandava para mim de seis em seis meses um certa quantia para alguma despesas. Como era uma escola federal que formava técnicos para área agrícola, cada aluno tinha dois uniformes, estadia custeada pelo órgão.
Mas, chegou um dia em que certamente minha mãe sentiu-se recompensada pelos seus esforços. Assistia a minha primeira formatura em nível médio. Ali estava ela vendo o seu filho a honrar os seus propósitos. Assim com eu, os outros irmãos seguiram outros caminhos.
Mas, ela se foi para um lugar melhor. O seu sepultamento foi no Cemitério Parque na cidade da Serra (ES).
Um certo dia fui fazer-lhe uma visita. Havia esquecido o local do jazigo, devido ao tamanho da área. Fui ao sistema de informação e me foi dado o nome da Avenida e o nº da sepultura. Comprei então ali mesmo um buque de flores e encaminhei para o local. Depositei as flores e rezei um pouco. Depois comecei a refletir e voltar ao passado e lembrar de todo o bem que ela me fez. Neste ponto meu coração apertou e as lagrimas rolaram.
Um exemplo a seguir, para quem se acha velho demais para fazer alguma coisa. Idade é contada em sentido linear, mas a mente não tem fronteiras. Viva mais, esqueça da idade física.
Esta era a minha mãe, seu nome era NANÁ. Se você ainda tem uma mãe, valorize-a enquanto ela estiver viva.
“Sem trabalho a energia simplesmente se dissipa. O desleixo físico e mental promove o envelhecimento prematuro. A essa altura o valor do exercício regular para todas as faixas etárias é sempre bem vindo- CORPO SEM IDADE, MENTE SEM FRONTEIRAS- DE DEEPAK CHOPRA”
Nota do autor: Este texto foi inspirado nesta obra.
Eu tive uma mãe até uns anos atrás. Ela morreu num hospital, de morte natural aos 96 anos. Ela teve 19 filhos, criou 10, os outros morreram de problemas infantis da época.
Mas veja só, esta mãe fugia a todas as regras de uma pessoa de sua idade. Ela vivia com minha irmã em Vitória.
As suas tarefas diárias: nas horas vagas ela fazia tricô donde surgia belas colchas para presentear as netas. Estas colchas pesavam nada menos que dez quilos. Mas não ficava ai. Ela lia todas noticias do dia nos jornais. As revistas especializadas em fofocas de novelas, ela sabia tudo.
Minhas dívidas com minha mãe, nenhum dinheiro paga. Saí de casa para estudar fora aos 17 anos, de mala e cuia. A família passava por maus pedaços. Meu pai, que era um produtor e industrial, na arte do couro, faliu e o recurso foi minha mãe assumir a direção de uma pensão que era de minha tia. A pensão tinha bons clientes, pessoas honestas e assim, minha mãe em sua luta diária movimentava aquele negócio que proporcionava a família sua sobrevivência. Era também uma costureira: confeccionava calças masculinas, roupas femininas e ainda preparava material para fabricação de tamancos.
Deste dinheiro sofrido e de muito suor, ela mandava para mim de seis em seis meses um certa quantia para alguma despesas. Como era uma escola federal que formava técnicos para área agrícola, cada aluno tinha dois uniformes, estadia custeada pelo órgão.
Mas, chegou um dia em que certamente minha mãe sentiu-se recompensada pelos seus esforços. Assistia a minha primeira formatura em nível médio. Ali estava ela vendo o seu filho a honrar os seus propósitos. Assim com eu, os outros irmãos seguiram outros caminhos.
Mas, ela se foi para um lugar melhor. O seu sepultamento foi no Cemitério Parque na cidade da Serra (ES).
Um certo dia fui fazer-lhe uma visita. Havia esquecido o local do jazigo, devido ao tamanho da área. Fui ao sistema de informação e me foi dado o nome da Avenida e o nº da sepultura. Comprei então ali mesmo um buque de flores e encaminhei para o local. Depositei as flores e rezei um pouco. Depois comecei a refletir e voltar ao passado e lembrar de todo o bem que ela me fez. Neste ponto meu coração apertou e as lagrimas rolaram.
Um exemplo a seguir, para quem se acha velho demais para fazer alguma coisa. Idade é contada em sentido linear, mas a mente não tem fronteiras. Viva mais, esqueça da idade física.
Esta era a minha mãe, seu nome era NANÁ. Se você ainda tem uma mãe, valorize-a enquanto ela estiver viva.
“Sem trabalho a energia simplesmente se dissipa. O desleixo físico e mental promove o envelhecimento prematuro. A essa altura o valor do exercício regular para todas as faixas etárias é sempre bem vindo- CORPO SEM IDADE, MENTE SEM FRONTEIRAS- DE DEEPAK CHOPRA”
Nota do autor: Este texto foi inspirado nesta obra.