Mal-humoradinhas

Não há velório em que as pessoas se mostrem mais contritas do que dentro de um elevador. Por duas vezes me confundi e, em vez de falar “boa tarde” para quem estava dentro, eu disse “meus sentimentos”.

*

Era uma mulher linda e encantadora. Até jogar uma latinha pela janela do ônibus.

*

Duas razões me levam a não olhar para uma pessoa vestida de forma esquisita. A primeira é que talvez ela não queira chamar a atenção. A segunda é que talvez ela queira.

*

É pouco provável que quem gosta de Carnaval passe a noite em casa assistindo desfile de Carnaval.

*

Nem todo restaurante que coloca o preço do almoço logo na entrada é barato. Mas nenhum dos que não colocam é.

*

Segundo uma lei da mecânica quântica, os relógios de rua nunca estarão mostrando aquilo que queremos saber quando batermos o olho neles.

*

Há pedestres que bem mereciam passar por um curso de caminhada defensiva.

*

Quem se irrita mais com aquelas reportagens comparando o comportamento dos dois sexos, o homem ou a mulher?

*

Sempre que chove eu duvido seriamente que Brasília tenha sido uma cidade planejada.

*

Hoje em dia o mercado de trabalho está tão exigente que para ser voluntário em asilo estão exigindo carta de recomendação dos quatro avós.

*

Cantei “Faroeste Caboclo” do começo ao fim sete vezes – e o ônibus ainda não apareceu.

Henrique Fendrich
Enviado por Henrique Fendrich em 06/03/2014
Reeditado em 06/03/2014
Código do texto: T4717327
Classificação de conteúdo: seguro