MAIO 2007
Dia 2

Este Diário acontece, como acontece, quando acontece. Ontem o Assim trabalhou… celebrando o Dia do Trabalhador, para mim foi feriado. Hoje, usando um assimero, regressei ao tema eterno da Liberdade. Está aberto o mês de Maio!

EVOCAÇÃO ABRILINA
«Os pássaros voam nas tardes
de todos os tempos
», in
Evocação abrilina” de
Manuel C. Amor
(ainda evocando o 25 de Abril)

mesmo que não houvesse pássaros
haveria o desejo do voo
nu preencher

de versos sem palavras
atirados ao vento

nas asas abert_as as… da liberdade

Dia 7
VOO NU/ MOMENTO DE SAUDADE
 

Sinto o sonho/ Mas a persistência
a dar-me asas/ Da tua ausência
num pesadelo.../ Dói, dói demais! 

Francisco/ Kat 
http://www.recantodasletras.com.br/mensagensdesaudade/475700

Dia 9
Apalavrar...
tenho uma canção no coração
a ritmar o prazer com a emoção
solto os cavalos e largo os cães
as paixões são mais que as mães

canto a entropia com filosofia
sou o meu sósia sem a basófia
duma semelhança que é a dança
onde a aliança não enche pança

as palavras escolhem-se acasos
vazias como estão vazios vasos
onde flores ainda querem nascer

descubro o que te quero dizer
plantando este desperto desejo
para apalavrar de arte um beijo

De mistério em mistério...
A voz é muito mais misteriosa que a escrita!, não consigo ler da mesma maneira duas vezes a mesma coisa. Nem gosto de ler duas vezes a mesma coisa, a não ser em silêncio! Ler, dizer, dar voz, falar, é um desafio audaz! Prefiro escrever... Mas, é como tudo, só custa começar. De qualquer forma, gosto de guardar, manter, o mistério do prazer de sentir com mistério tudo o que consigo fazer. Fazer com amor, poderei pensar; posso escrever, até poderei dizer; sentir: - Sentir ainda é mais completo que a leitura!...
Li em voz alta Edgar SOARES
http://www.recantodasletras.com.br/audio.php?cod=3670


Mim,
Fui ao dia 27 do mês passado por um poema escrito com a formatação de soneto e declamado para o dar por acabado, hoje fui buscá-lo para o dizer: dito, lido, rito... para te rires com a minha vontade de...
Vou buscar as tuas palavras escritas e outras que já lá (junto com as tuas)... escrevi.
Sempre nós,
Assim

Bloco A6?
Hoje uma nuvem, carregada e escura, psicótica, parece querer fazer ninho sobre a minha cabeça e tapa o Sol que brilha à volta dela, sem deixar o meu corpo sentir esse prazer − quente, irradiante e luminoso. Estou à espera duma palavra tua, o despertar duma nova Lua. Talvez logo, à noite, receberei uma palavra tua?
Tua, Mim.
Mim

No verso da tua folha escrevo a palavra do Senhor!... O sonho de iluminar o teu dia, como Lua, à noite me leias. E, só esse desejo, pores-me no céu – com luar, faz deste texto a «palavra prometida» e dela a nossa Terra... Acabo de imaginar o Super-Homem a levar a nuvem, soprando mais forte que o Lobo Mau a casota de palha, tu me dirás o sucesso. Para ajudar, deixa-me acariciar a tua nuca.
Beijos, Assim.
Assim
08.05.07

Bocado de papel de mesa:

Simplicidade
Deixar do gesto
a palavra nascer solta
como se lhe estivesse reservada
à ida e volta
Sem intuição seria impossível
deixar a simplicidade à solta
e, na volta, perder-se-ia
para sempre
A poesia reservada à Simplicidade
este substantivo substantivo
onde um verso fica até ao...
momento final!
Eu sempre quis dizer
o amor deste modo
10.07.06

Isto deveria ter sido um raro momento poético solto em versos pela Mim, «como se lhe estivesse reservada»... O Assim lhe responderá, talvez hoje, tal vez agora:

simplicidade
o som da doçura sem cura
onde tudo é feliz saúde
vem da tua leitura

«sem intuição seria
impossível»

captar da beleza & poesia
Assim

O Assim e a Mim, felizes cor respondem um à outra, a outra a um... Assim. Registar esta correspondência, recolhe-la, colhe-la, só com Simplicidade...
R

O R − Redactor actoR − e o Assim a escreverem a quatro mãos, eu a ver...

Dia 15
Vou deixar Livro de Reclamações, marcando um dia que ficou longo de palavras e ao qual vou dar continuidade, foi Sábado passado (12.05.07)
http://www.recantodasletras.com.br/humor/488465

no inicio do Fim de Semana
Enquanto as mãos aguardam que as escreva, começo esta história. Falar do meu diário recantual onde recatado vou ficando na indiferença de ser as palavras quando elas sejam e eu com elas, em que dias, como e quando  a descoberta do que não sei.
Não ficou bem explicada pela prática o que fosse a passagem do Diário a Agenda, pois a ideia de agendar acabou por não chegar a vingar. Nunca consegui ter uma agenda, pela mesma razão que nunca tive um diário, nunca tenho os dias marcados para acontecerem. Por mim posso começar a viver ontem ou saltar para depois de amanhã, não tenho manhas e também, se as tivesse, ainda tinha das aprender. Isto pela razão, talvez nada simples, de, sem manhas, não sei como se pode cumprir uma agenda: marcar os dias com obrigações.
A obrigação que cheguei a pensar foi fazer da escrivaninha um lugar de leituras, onde antes tinha estado entregue às escritas da escrita que digo ter e ser o meu comércio com as Letras iria registar a escrita de outros. Sempre fui e sou como sou: calha ser como calha, vai calhando ir desencalhando as palavras quando me apetece todos os dias.
Mantenho pois o meu diário, anotando-o num acumular dos dias como se eles se dessem continuidade. Tive e tenho uma ideia de dar a ler um sítio onde possa espraiar a escrita, criando um sítio desenhado por mim, com as minhas “categorias” e estruturação com base num calendário onde a sucessão dos dias não regista as estações do ano? Por certo, de incerto modo registará, entregue à ficção dos cenários onde os textos descrevem a vida que escrevem.
Para título  no inicio do Fim de Semana escrevi pensando voltar a escrever  Recantual Diário.
(11.05.07)

Dia 16
Ontem pensei ir publicando o que escrevi no Sábado, dar curso a um dia. Hoje já peguei no que escrevi e voltei ao Diário
http://www.recantodasletras.com.br/teorialiteraria/489790
O dia hoje começou assim:

DESCOBERTA(S)

são quase 10h, sempre gosto
destas frases abertas
em versos
Assim

Dia 17
Vou responder a comentários de ontem
http://www.recantodasletras.com.br/ensaios/490745
Caso não, teria mais "teoria literária":

não se inventa
A Arte não se inventa: tem-se; não se inventa, descobre-se.
O apoderar da matéria, Sim, tem de ser invenção, criação... Tudo (um planeta que tem se ser iluminado).

Dia 18
Como se este fosse o meu verdadeiro diário dentro do Diário ou vice/versa, o Diário dentro do diário: prazer da escrita.
Hoje candidato-me ao mais completo texto que já aqui terei escrito? Um texto compósito, terá começado há oito dias e cumpre ciclo que hoje fecho... ARS POÉTICA.
http://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/492102  
Deixando uma poesia ainda quente, de graça... engraçada:( :)

A_BAN_DONO?...
meu amor me deixou,
fiquei de quatro...
mas foi para o vizinho

Dia 19

fluindo na acústica
Disse, agora repito... a oralidade é mais rica, muito mais infinita que a escrita! Não há um texto, existe a palavra feita de palavras e a voz: uma riqueza infinda de variedades e variações, interminável escala de sons das emoções mais diversas à rouquidão, precisão, pronúncia, dialecto, Língua... fluindo na acústica.

Dia 20
Só hoje deixo um parágrafo de ontem, para registar o dia de ontem. Talvez faça hoje o que ontem pensei, dar voz a palavras escritas. Entretanto...

deseja paixão

fazendo das palavras
nu que elas querem ser
um som que se deixa dizer

nem muito breve seja
nem muito lento

dá a força que a paixão deseja!
Assim

FECHEI NEGÓCIO COM A LIBERDADE 
http://www.recantodasletras.com.br/entrevistas/493951

Dia 21
amanhã/ concluir 
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/495687 

Dia 22
PARÁBOLA 
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/497413 

Dia 26
audição 
http://www.recantodasletras.com.br/cronicas/502538

Dia 28
DECEPÇÃO 
http://www.recantodasletras.com.br/poesias/503813
No Mural:
Regresso ao Mural para celebrar a ultrapassagem dos meio milhão de colocações publicadas no Recanto... Parabéns ao Patrick e a todos que têm usufruído deste sítio por ele construído!
Recantuais Saudações

 

 

 

 

 

Dia 29
estranhamente bela
http://www.recantodasletras.com.br/artigos/506295

Dia 31
Prosar sem Prosac
http://www.recantodasletras.com.br/frases/508090

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 02/05/2007
Reeditado em 02/06/2007
Código do texto: T471730