Emoções na grande tela e algo mais...

Uma das atividades mais empolgantes que temos feito juntos é ir ao cinema.Já fomos assistir a vários filmes tanto com atores como aqueles de animação e estas experiências têm se demonstrado muito gratificantes para cada um de nós.

Entretanto,nos últimos tempos após ver um belo filme pessoalmente noto quase sempre uma sensação de desconforto,mal-estar. Por que será?

Percebo isto,principalmente em filmes transmitidos pelos canais de tv aberta ou fechada, pela grande quantidade de histórias que representam situações difíceis,tormentosas,assustadoras e violentas do dia a dia.Como se o efeito imediato pudesse ser o de transformá-las em obras de arte.

Assim,se por um lado aumentam os filmes que considero pesados,concentrados na difusão da violência,por outro existem também aqueles nem sempre muito divulgados,mas que falam de esperança e com mensagens ainda positivas acerca do nosso viver. Esta é a nossa escolha e insistimos que vale a pena investir neste tipo de lazer que na verdade vai muito além de simples diversão,pois gera boas emoções e aprendizado também.

Desta forma, cinema ou televisão,em vez de cortar as asas dos espectadores,deveriam muito mais estimular a sua imaginação e senso crítico,mostrando que na vida como na arte existem outras opções,até mesmo quando tudo parece escuro ou perdido.

Certamente não é fácil e nem pretendo convencer ninguém daquilo que afirmo aqui,

simplesmente usando da liberdade de expressão que ainda a Internet oferece,e procurando respeitar também a quem quer que tenha opinião contrária a minha, exponho o meu pensamento.Estamos vivenciando momentos de grande dificuldade,de crise quase absoluta sobretudo de muitos valores, e virtudes, em que a desorientação se dissemina como uma verdadeira metástase em todas as direções,nas relações humanas tanto em nível pessoal como profissional, gerando tal panorama de insatisfação e frustração que é a nossa realidade,indo além do caráter econômico,mas atingindo o lado humano da violência de pensamento e ação.

É compreensível embora não aceitável,ao menos para mim, o grande sucesso daquelas ditas comédias ligadas à vulgaridade no linguajar,em que para tirarem uma risada da gente utilizam palavrões e frases sem sentido a todo andar,mas que aliviam apenas temporariamente o sofrimento,a angústia e ou medos do público,sem oferecer nada de construtivo.

Nem de longe passa pela minha cabeça querer julgar as produções cinematográficas contemporâneas,porém gosto muito quando um filme transmite aquela impressão de serenidade.Gosto de filmes ricos de calor humano, sentimentos e que transmitem lições de vida.Confesso que não me causa grande espanto cenas de muitos efeitos especiais bem características dos roteiros americanos,todavia, me comovem sempre demonstrações de afeto e diálogos de vida bem vivida presentes em certos filmes como Belle et Sébastien de Nicolas Vanier.

A modernidade tem deixado de lado, a segundo plano talvez, a beleza na sua forma mais pura,natural e simples.Manifestações de carinho,de afeto,aparecem como qualquer coisa de enjoativa,insípida, sem nenhum significado,até inútil se não houver um retorno quase sempre material.Foi-se o tempo em que gentileza gerava gentileza sem nehuma segunda intenção.

Contudo, não se pode nem se deve desanimar,pois mudanças estão acontecendo em continuação e as pessoas vão se alertando acerca da importância de não fechar o próprio coração,e- neste sentido cinema e televisão podem funcionar como grandes facilitadores e promotores da verdadeira educação,investindo em projetos que ofereçam mais substância,conteúdo,vacinando a gente com mais amor a fim de bloquear o vírus do egoísmo destruidor.

Bergilde
Enviado por Bergilde em 06/03/2014
Código do texto: T4717058
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