APAIXONADA

Já fazia algum tempo que Mirna e João se conheciam e ela sentia que a cada vez que o via seu coração batia descompassado. Suas mãos suavam e sua capacidade de raciocínio vacilava. Sentia que seus passos caminhavam na direção dele, seus passos, seu corpo todo, até mesmo seu primeiro e ultimo pensamento do dia eram dele.

Estava apaixonada!Já sentira isso outras vezes e, sempre prometia a si mesma que não iria se repetir, contudo, ela sabia que não conseguia viver sem sentir aquela gostosa ansiedade que só os apaixonados sentem. Para Mirna, paixão era uma droga sem a qual não podia viver. Era uma viciada, uma dependente emocional. Para ela sentir a boca seca e as mãos suando era algo visceral, incontrolável!Só sentia-se viva quando estava apaixonada.

Entregou-se de corpo e alma àquela paixão. Além do mais, Mirna não era uma mulher de “metades”. Com Mirna era tudo ou nada, não era mulher de amar só um pouco. Não ficava com um “pé atrás”. Ou estava apaixonada, ou não estava. E sentia que estava!Inteirinha!!!Completamente. Louca. Alucinada, como só os sem juízo amam, como só os adolescentes, como um bebe ama sua mãe. Amava. Precisava daquele amor. Precisava daquela sensação, senão iria sucumbir. Dormia e acordava pensando nele. Ao respirar pensava nele. Queria sentir seu beijo, seu toque, seus lábios. Seu abraço forte. Queria ele. Se aquilo tudo acabasse amanhã... E daí...?Teria amado. Se entregado.

Como um poeta escrevera um dia:.... “Que não seja imortal posto que é chama, mas que fosse infinito enquanto dure...”

Wal Ispala
Enviado por Wal Ispala em 05/03/2014
Código do texto: T4716763
Classificação de conteúdo: seguro