Carnaval da Feirinha

 
Vou falar um pouco sobre o carnaval da feirinha, em Sete Lagoas, que assistimos, eu e minha neta, meu irmão e esposa, Geovane e Célia, e sobrinhos. Minha neta, Luana, de onze anos de idade, veio de Brasília, e estava ansiosa para participar da folia. Eu não tinha nenhum plano nesta direção, porque esperava apenas leva-la ao clube, no domingo e na terça-feira, pois, achava que seria mais seguro. Porém, o passeio do domingo foi frustrante. Porque, apesar do clube estar muito bem decorado, o DJ, na balada do “Lepo-lepo”, não conseguiu motivar os clubistas para o clima do carnaval.
Saímos do recinto com desejo de pular o carnaval, de extravasar a timidez que nos habitava. Mas, não sabia para onde poderíamos ir. Então, na segunda-feira, encontrei-me com meu irmão, Geovane, que nos convidou para ir ao carnaval da feirinha, na orla da lagoa Paulino. “E, como valeu a pena!” Passamos pela tão esperada catarse. Os blocos passavam desfilando, intercalados com a banda Samba de Raiz. Destacamos os blocos Pererê e Dez pra Dez, de Sete Lagoas, e Unidos de Capim Branco.
Os foliões se soltavam em alegria. Sambamos ao compasso das baterias. A sensação de desprendimento era visível. E, os problemas, que cada um carregava, eram sapateados a cada passo do samba. As baianas, com esmero, enfeitadas, encantavam. A paixão dos integrantes dos blocos contagiava. Pudemos entender o valor dessa festa.
Os organizadores merecem aplausos, porque o volume de pessoas que usufruíram do evento foi muito significativo. Embora, os serviços de banheiro oferecidos aos usuários, tenham deixado a desejar; o policiamento, estrategicamente, instalado ao redor da feirinha, conseguiu afugentar os malfeitores, o que permitiu o êxito quase completo da organização.
É este entusiasmo que necessitamos no nosso dia a dia. Os governantes precisam se sensibilizar e buscar realizar este anseio de felicidade dos cidadãos. Que no carnaval se solta dos pés, dos quadris, dos braços, de cada um de nós, no ritmo contagiante do samba. Expulsamos as nossas tristezas e desilusões, e ficamos, por instantes, somente com a alegria. Para vocês, que preferiram não sair de casa, receosos de não se distraírem, de serem molestados, ficam as dicas para o próximo ano. E, não eram apenas foliões adultos que vibravam. Crianças e adolescentes quebravam a cintura no samba, pois, carnaval não tem idade.
Maria Amélia Thomaz
Enviado por Maria Amélia Thomaz em 05/03/2014
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