MEUS VERSOS
Os versos têm me faltado. Fugiram... Levados não sei como, nem por quem, nem quando. Tenho a impressão que fugiram sorrateiramente, aos poucos, escorrendo entre meus dedos e o vento os levou. Levou e nunca mais os trouxe. Acabrunhado penso que nunca mais os trarão.
Fiquei assim um poeta somente na intenção, sem versos, sem poesia. Um poeta que tenta rebuscar no tempo a concatenação de palavras bonitas para compor uma frase que se possa ser lida e nela se enxergar que seja uma pálida réstia de poesia.
Sim, escrever o que se pensa, manifestar nosso conceito ou opinião é fácil. Basta conhecer um pouquinho de gramática e tudo bem. Já compor um poema, ou mesmo uma prosa, cujo texto contenha a sonoridade, a harmonia e principalmente a singularidade, é preciso ser poeta, é preciso que a leveza, a sensibilidade tome forma e comande a caneta, o teclado.
Eu tento. Tento. Não, não sai nada. Apenas frases simplistas, bruscas, brutas, como flores de plástico, sem perfume, sem naturalidade, sem a singeleza, a beleza e o glamour de uma flor natural. Surgem textos secos, informativos, relatos apenas. E isso não contém poesia.
Por vezes eu teimo. Teimo e tento. Teimo e me esforço e rebusco o poeta e ele não vem, não chega. Birrento, emburrado, mais teimoso que eu. Então, fico assim, apenas brincando de poeta, contentando-me em contar meus causos, ou causos alheios e nem assim as palavras conseguem costurar nem uma centelha de poesia.
Quem sabe, porém, o mesmo vento, os mesmos ares que levaram meus versos acabem regressando numa garupa guiada pelas minhas vontades, meus desejos, meus almejos e augúrios. Que sabe. Quem sabe os anjos sejam condescendentes e me privilegiem com aquele “sentido” mais aguçado e eu volte a compor, não apenas escrever.
Enquanto isso, degusto o amargo do fel da ausência de poesia nos meus dias. Na minha vida. Enquanto isso faço textos apenas. Relatos apenas, sem o brilho, sem a luz que a poesia transmite.
Os versos têm me faltado. Fugiram... Levados não sei como, nem por quem, nem quando. Tenho a impressão que fugiram sorrateiramente, aos poucos, escorrendo entre meus dedos e o vento os levou. Levou e nunca mais os trouxe. Acabrunhado penso que nunca mais os trarão.
Fiquei assim um poeta somente na intenção, sem versos, sem poesia. Um poeta que tenta rebuscar no tempo a concatenação de palavras bonitas para compor uma frase que se possa ser lida e nela se enxergar que seja uma pálida réstia de poesia.
Sim, escrever o que se pensa, manifestar nosso conceito ou opinião é fácil. Basta conhecer um pouquinho de gramática e tudo bem. Já compor um poema, ou mesmo uma prosa, cujo texto contenha a sonoridade, a harmonia e principalmente a singularidade, é preciso ser poeta, é preciso que a leveza, a sensibilidade tome forma e comande a caneta, o teclado.
Eu tento. Tento. Não, não sai nada. Apenas frases simplistas, bruscas, brutas, como flores de plástico, sem perfume, sem naturalidade, sem a singeleza, a beleza e o glamour de uma flor natural. Surgem textos secos, informativos, relatos apenas. E isso não contém poesia.
Por vezes eu teimo. Teimo e tento. Teimo e me esforço e rebusco o poeta e ele não vem, não chega. Birrento, emburrado, mais teimoso que eu. Então, fico assim, apenas brincando de poeta, contentando-me em contar meus causos, ou causos alheios e nem assim as palavras conseguem costurar nem uma centelha de poesia.
Quem sabe, porém, o mesmo vento, os mesmos ares que levaram meus versos acabem regressando numa garupa guiada pelas minhas vontades, meus desejos, meus almejos e augúrios. Que sabe. Quem sabe os anjos sejam condescendentes e me privilegiem com aquele “sentido” mais aguçado e eu volte a compor, não apenas escrever.
Enquanto isso, degusto o amargo do fel da ausência de poesia nos meus dias. Na minha vida. Enquanto isso faço textos apenas. Relatos apenas, sem o brilho, sem a luz que a poesia transmite.