“12 ANOS DE ESCRAVIDÃO” – Resenha que não faço.
Com 9 indicações para o OSCAR 2014, um drama real chega às telas como principal concorrente e, provavelmente, será o grande vencedor logo mais à noite. Contexto de época, o roteiro se reporta à década de 1841, quando um violinista negro é mantido como escravo durante 12 anos.
A muito pouco limito-me quanto às categorias a que foi indicada essa grande produção, pois me recuso à resenha. Prefiro deixar para o leitor a expectativa de um possível espectador, sem tê-lo influenciado a qualquer decisão ou comentário. Mas, se particularmente, a este filme me recuso a resenhá-lo, a crônica exige-me também um mínimo de opinião.
É um filme tenso do começo ao fim. Mexe com os mais insensíveis “nervos de aço”. Provoca emoção e lágrimas, pavor, revolta, raiva e vergonha. Ninguém sai da sala sem pelo menos uma dessas sensações ou com todas elas. A exacerbação de torturas é tanta que eu senti raiva dos brancos e vergonha de ser um deles. É quase inacreditável ao que chegou a humanidade. Quem assistiu ao filme Histórias Cruzadas há de considerá-lo “suave” em relação aos 12 Anos de Escravidão. Épocas diferentes, um era o auge do preconceito racial nos anos 60. Violência verbal, discriminação; outro, agora em cartaz, é a tortura física e psicológica sem limite, num dos mais hediondos crimes que a história da escravidão conta. E pensar que o Brasil viveu mais de 300 anos essa sangrenta, vergonhosa e repugnante realidade.
É possível que o filme em tela ganhe as 9 estatuetas. Não lhe negaria o mérito da vitória, mas não torço por ela, embora reconheça-lhe o valor social, denunciatório. Sou indiferente ao resultado. Mas não insensível às reflexões e sensações sentidas após assistir ao filme: uma vontade de abraçar o primeiro negro ou negra a encontrar na rua.
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Com 9 indicações para o OSCAR 2014, um drama real chega às telas como principal concorrente e, provavelmente, será o grande vencedor logo mais à noite. Contexto de época, o roteiro se reporta à década de 1841, quando um violinista negro é mantido como escravo durante 12 anos.
A muito pouco limito-me quanto às categorias a que foi indicada essa grande produção, pois me recuso à resenha. Prefiro deixar para o leitor a expectativa de um possível espectador, sem tê-lo influenciado a qualquer decisão ou comentário. Mas, se particularmente, a este filme me recuso a resenhá-lo, a crônica exige-me também um mínimo de opinião.
É um filme tenso do começo ao fim. Mexe com os mais insensíveis “nervos de aço”. Provoca emoção e lágrimas, pavor, revolta, raiva e vergonha. Ninguém sai da sala sem pelo menos uma dessas sensações ou com todas elas. A exacerbação de torturas é tanta que eu senti raiva dos brancos e vergonha de ser um deles. É quase inacreditável ao que chegou a humanidade. Quem assistiu ao filme Histórias Cruzadas há de considerá-lo “suave” em relação aos 12 Anos de Escravidão. Épocas diferentes, um era o auge do preconceito racial nos anos 60. Violência verbal, discriminação; outro, agora em cartaz, é a tortura física e psicológica sem limite, num dos mais hediondos crimes que a história da escravidão conta. E pensar que o Brasil viveu mais de 300 anos essa sangrenta, vergonhosa e repugnante realidade.
É possível que o filme em tela ganhe as 9 estatuetas. Não lhe negaria o mérito da vitória, mas não torço por ela, embora reconheça-lhe o valor social, denunciatório. Sou indiferente ao resultado. Mas não insensível às reflexões e sensações sentidas após assistir ao filme: uma vontade de abraçar o primeiro negro ou negra a encontrar na rua.
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>Pois é. Como era de se esperar, o favorito ganhou. A Globo priorizou o carnaval, mas eu vi a entrega do OSCAR ontem pela TNT, que transmitiu ao vivo e neste momento (11h15 desta segunda-feira) está reprisando, na íntegra.