É mesmo preciso?
Não me fazem falta alguma, certas palavras que agridem e que ferem a primeiros, segundos e terceiros. Sinto-me um estranho no ninho quando vejo pessoas perderem a postura e se agredirem verbalmente, mais estranho ainda se são próximas, do tipo marido e mulher, irmãos, pais e filhos então, nem se fala. Certa vez, li um artigo que falava sobre a questão de usarmos essas palavras para expressar algo que excedia. Mais ou menos assim, não dá para em um momento de dor extrema, aquela topada forte no dedão do pé, você exprimir um “olha que dia lindo…” o palavrão vem instantaneamente, algo até mesmo involuntário, a palavra proferida expressa toda a sua raiva, toda a sua dor que não cabe em um simples “ai”. Quem não já fez a leitura labial de um jogador de futebol, no momento ápice do gol, expressando toda a sua euforia com “palavras” tão significativas? Bom, discordando com o artigo lido, não acho que tenha que ser assim e, por favor, não me vejam como um ET. No ambiente em que vivo e preservo, os xingamentos, palavrões, gestos obscenos perderam o seu lugar já faz um bom tempo e dou graças a Deus por isso. Sendo assim, não ocorrem nem mesmo de forma involuntária. É claro que não vejo um dia lindo ao tomar uma topada no dedo, mas uma coisa que deu certo, pelo menos comigo e como católico que sou, foi nessa hora citar nomes de alguns santos de minha devoção. E por incrível que pareça para alguns, a dor tem sido amenizada. Tudo é uma questão de costume, e me desacostumei dessas frases construídas com palavras que insinuam, desejam, estimulam algo ruim ou até mesmo são ditas por dizer, sem o desejo real do mal significativo que elas representam. Também não quero condenar e julgar ninguém, isso não cabe a mim. Até porque nem sempre foi assim, nem sempre fui assim, porém, hoje, sou melhor assim.