PAZ INTERIOR.

Algo que traga mais paz interior. O que é paz? Intrinsicamente a consciência. A paz de uns é o inferno de outros. Quando se vive do que seria do miserável e foi usurpado se tem paz aparente, o inferno está próximo.

Na ordem natural, embora pareça contrariamente, quem vive do que estava destinado ao necessitado tem paz aparente. Pode não haver tormenta emocional, pode se gozar das benesses da usurpação, das festas e dos bens adquiridos sustentados pela miséria não aplacada, mas tem um tempo certo. Ninguém morre em paz acossado pela consciência. Dizem, mas o mau caráter não tem consciência. Terá na hora de se defrontar com o desconhecido. Será grande o desespero.

O mal gangrena o maldoso, o bem ressurge no virtuoso. Por isso se ouve, não há mal que sempre dure nem bem que nunca se acabe.

A forma é plena, nunca vazia, a forma incorpora objetividades visíveis. A forma é material, traz consequências tangíveis. A ocupação com a forma é necessária, mas não leva sempre a passeios edificadores. Por vezes o necessário é vão. O necessário de uns é a miséria de muitos. O necessário que tem forma no vício da corrupção.

“Deus é”, e não está na forma, não sabemos o que é, esta seria a única "forma" a que chegamos de forma diversa da material, mas Nele confiamos, pelo amor que nos dirige e nos embala e faz crescer. Seja no deísmo ou no teísmo. O “não ser” em forma se mostra sendo, quando não ama e corrompe o ser humano.

A verdade não nasce teoricamente, nem por investigação puramente filosófica, antes é correspondência exata com a realidade, e o amor é um grande veículo da realidade, é visível. A forma que surge também da imaterialidade, pelo amor, se mostra pelo desamor materialmente.

A verdade suprema de todas as religiões e ideologias é o estado de consciência de entrega do sentimento que se compatibiliza com a forma. Assim teremos ou não paz interior.