Serpentes e Serpentinas
Por Carlos Sena
Gosto do carnaval. Contudo, sendo carnavalesco, não sou folião. Sou carnavalesco, como tantos, posto que vejo o carnaval no viés do prazer sadio e da alegria contagiante. Pena que nele, junto com as serpentinas, serpentes humanas se misturam para destoar da festa. Como nos disse Moacyr Franco, "A nossa vida é um carnaval, a gente brinca escondendo a dor. E a fantasia do meu ideal é você meu amor"... Esse é um pouco do meu sentimento momesco, razão dessa tese que mistura carnavalesco e folião, separando um do outro, mas mantendo-os juntos no sentimento.
No rol das ilusões, Pierrôs e Colombinas, confetes e serpentinas, compõem uma ode aos carnavais de outrora. Aos carnavais de agora, mais medo sem clemência, menos viola e mais violência. Mas, gosto do carnaval, como disse. Agrada-me sobremaneira ver o povo se aventurando a ser o que não é e não sendo o que de fato gostariam de ser. Confuso? Feito a vida e diferente do carnaval. A vida não tem hora pra se acabar, o carnaval tem. Mas, a rigor, a vida são cinzas que muitos teimam em não compreender. No raio lépido da vida que nos arrebata feito um suspiro breve, melhor se entregar às ilusões dos três dias de carnaval. Afastar de perto as serpentes em forma de gente que nos invadem e nos tiram a paz e apostar: na vida cheia de Pierrôs e Colombinas; nas serpentinas que embalam sonhos e que em forma de espirais nos conduzem aos céus.
Por Carlos Sena
Gosto do carnaval. Contudo, sendo carnavalesco, não sou folião. Sou carnavalesco, como tantos, posto que vejo o carnaval no viés do prazer sadio e da alegria contagiante. Pena que nele, junto com as serpentinas, serpentes humanas se misturam para destoar da festa. Como nos disse Moacyr Franco, "A nossa vida é um carnaval, a gente brinca escondendo a dor. E a fantasia do meu ideal é você meu amor"... Esse é um pouco do meu sentimento momesco, razão dessa tese que mistura carnavalesco e folião, separando um do outro, mas mantendo-os juntos no sentimento.
No rol das ilusões, Pierrôs e Colombinas, confetes e serpentinas, compõem uma ode aos carnavais de outrora. Aos carnavais de agora, mais medo sem clemência, menos viola e mais violência. Mas, gosto do carnaval, como disse. Agrada-me sobremaneira ver o povo se aventurando a ser o que não é e não sendo o que de fato gostariam de ser. Confuso? Feito a vida e diferente do carnaval. A vida não tem hora pra se acabar, o carnaval tem. Mas, a rigor, a vida são cinzas que muitos teimam em não compreender. No raio lépido da vida que nos arrebata feito um suspiro breve, melhor se entregar às ilusões dos três dias de carnaval. Afastar de perto as serpentes em forma de gente que nos invadem e nos tiram a paz e apostar: na vida cheia de Pierrôs e Colombinas; nas serpentinas que embalam sonhos e que em forma de espirais nos conduzem aos céus.