Estranho Rapaz

Ele me chegou com seu olhar penetrante, sua fala era macia e agressiva ao mesmo tempo, ele falava pelos olhos, mas quem falava mais pelos olhos era eu, ele tinha um jeito de me torcer, de me tirar as palavras, de me fazer parar de respirar antes mesmo de pensar. No princípio era só um olhar, depois o olhar começou a ser interno, me queimava, me tratava, delirava!

Ele não queria dizer, mas eu já dizia, e eu não tinha como negar, era mais forte, me controlava e tomava conta de meus impulsos eu não tinha controle sobre mim, quando falava com ele ai então é que minha respiração faltava, e eu tinha que falar, eu tinha que mostrar, mas tinha medo.

Era grande, era tenso, era perfeito, era baixo. Caucasiano. Eu não sabia o que era o amor, ou o grau mais quente dele, tudo isso eu vi no olhar, eu sentia, era louco, quando me olhava me sentia nu, era como se não conseguisse me encontrar! Seu olhar me invadia, ele me via por fora por dentre e mais ...

Céu ou Inferno?

Quando me olhava era um incêndio, me queimava!

Por onde ele passou, tão pouco deixou ....

E eu fiquei com o seu rastro de fogo que hoje queima em silêncio.

Arthur Montenegro
Enviado por Arthur Montenegro em 27/02/2014
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