PACO DE LUCIA
Comecei a frequentar a Sala Villa Lobos aos 10 anos, quando a programação do Teatro Nacional promovia os Concertos Para a Juventude. Meus pais me levavam e, mais tarde, espontaneamente, eu ia também para ver minha tia no naipe dos primeiros violinos na orquestra sinfônica.
Esse hábito acompanhou-me a infância, a adolescência e povoou minha juventude de muitas personalidades das músicas clássica e popular, de modo que ainda o conservo, repetindo-o com os tradicionais concertos às terças-feiras. Não saberia quantos e quais os melhores momentos que marcaram definitivamente a minha memória musical entre concertos, óperas, espetáculos de dança e de teatro, shows de grandes artistas. Vêm-me à lembrança o musical “Piaf”, interpretado por Bibi Ferreira; a voz inconfundível e a presença carismática de Mercedes Sosa; os shows de Maria Bethânia, Caetano Veloso, Milton Nascimento; a fadista portuguesa Mariza; o espetáculo de tango Uma Noite em Buenos Aires, o violoncelista Antônio Meneses; o espetáculo de dança flamenca, com Joaquin Cortés; e tantos outros que brilharam no palco do TNCS, enriquecendo-lhe a história.
Hoje, a história da música registra a perda de um dos seus maiores instrumentistas. Paco de Lucía, pseudônimo de Francisco Sánchez Gomez, cujo violão deu especial destaque ao seu virtuosismo. O mundo inteiro conheceu Paco de Lucia, com a genialidade de suas execuções na música flamenca e noutros gêneros. Vi-o tocar quando eu tinha 21 anos. Impressionante o magnetismo daquele som a projetar-se em todo o teatro; parecia uma orquestra.
Hoje, a música espanhola e universal perde um dos seus gênios. Mas a história, que o registrou, conta também com o “milagre” do disco a perpetuá-lo. Saudades de Paco fazem-me lembrar da argentina Mercedes Sosa, dos cantos da chilena Violeta Parra e de Victor Rara; dessas personalidades da arte que o mundo conheceu e a memória musical os conservará indeléveis. Certamente, num dos próximos concertos das terças-feiras, quando as luzes do teatro brilhares no palco da Villa Lobos, eu terei a sensação de ouvir novamente o som acústico, belo, inigualável e inesquecível de Paco de Lucía.
________
Veja os links>
http://www.youtube.com/watch?v=BC-dH4ThaNA
Imperdível>
http://www.youtube.com/watch?v=PpxpiyRGQEY
http://www.youtube.com/watch?v=IPw3eDnKaz4
Comecei a frequentar a Sala Villa Lobos aos 10 anos, quando a programação do Teatro Nacional promovia os Concertos Para a Juventude. Meus pais me levavam e, mais tarde, espontaneamente, eu ia também para ver minha tia no naipe dos primeiros violinos na orquestra sinfônica.
Esse hábito acompanhou-me a infância, a adolescência e povoou minha juventude de muitas personalidades das músicas clássica e popular, de modo que ainda o conservo, repetindo-o com os tradicionais concertos às terças-feiras. Não saberia quantos e quais os melhores momentos que marcaram definitivamente a minha memória musical entre concertos, óperas, espetáculos de dança e de teatro, shows de grandes artistas. Vêm-me à lembrança o musical “Piaf”, interpretado por Bibi Ferreira; a voz inconfundível e a presença carismática de Mercedes Sosa; os shows de Maria Bethânia, Caetano Veloso, Milton Nascimento; a fadista portuguesa Mariza; o espetáculo de tango Uma Noite em Buenos Aires, o violoncelista Antônio Meneses; o espetáculo de dança flamenca, com Joaquin Cortés; e tantos outros que brilharam no palco do TNCS, enriquecendo-lhe a história.
Hoje, a história da música registra a perda de um dos seus maiores instrumentistas. Paco de Lucía, pseudônimo de Francisco Sánchez Gomez, cujo violão deu especial destaque ao seu virtuosismo. O mundo inteiro conheceu Paco de Lucia, com a genialidade de suas execuções na música flamenca e noutros gêneros. Vi-o tocar quando eu tinha 21 anos. Impressionante o magnetismo daquele som a projetar-se em todo o teatro; parecia uma orquestra.
Hoje, a música espanhola e universal perde um dos seus gênios. Mas a história, que o registrou, conta também com o “milagre” do disco a perpetuá-lo. Saudades de Paco fazem-me lembrar da argentina Mercedes Sosa, dos cantos da chilena Violeta Parra e de Victor Rara; dessas personalidades da arte que o mundo conheceu e a memória musical os conservará indeléveis. Certamente, num dos próximos concertos das terças-feiras, quando as luzes do teatro brilhares no palco da Villa Lobos, eu terei a sensação de ouvir novamente o som acústico, belo, inigualável e inesquecível de Paco de Lucía.
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Veja os links>
http://www.youtube.com/watch?v=BC-dH4ThaNA
Imperdível>
http://www.youtube.com/watch?v=PpxpiyRGQEY
http://www.youtube.com/watch?v=IPw3eDnKaz4