BENÇÃO.

Claridade de benção, poder ver o sol, penetrar em árvores seculares que abrem seus braços centenários nos parques que foram berço onde nascemos, abraçá-las, beijá-las, como faço, em gesto de loucura sã. Um círculo de seu cerne, muitas vezes uma vida humana, que é o interior de sua vida, a exemplo da nossa, sua alma, lá são contados seus anos de existência, nutrida com o alimento que sobe perifericamente, sugado do húmus da terra através de raízes, são como soluços de nossa passagem efêmera e rica por poder estar com elas, abençoadamente...

Abençoada alegria que expulsa a tristeza e livra da prisão braços e pernas que abraçam e caminham pelo mundo, não fecham janelas para a luz, abençoada verdade do que somos, de só ser o que somos, como nos quis a natureza.

Ser abençoado por amar, trabalhar, sobreviver garantido por suas faculdades e seu esforço, nunca pelo trabalho de outros, nem que seja de nossos pais.

Abençoados sejam os Filhos de David que reconhecem a sucessão do maior ser que pisou nesse Planeta, Jesus de Nazaré.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 25/02/2014
Reeditado em 25/02/2014
Código do texto: T4706128
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