PEQUENOS GESTOS
Pequenos gestos de gentileza, tem o dom de tocar com dedos suaves nossa alma. E nos proporcionam doces emoções.
Sexta-feira, final de tarde, o sino de minha casa toca (trouxe esse sino há muitos anos atrás, quando visitei a linda cidade de Tiradentes) ao abrir a porta, lá está minha vizinha Vera. Uma pessoa super querida, com a qual tenho uma sintonia fina. Eu a convido para entrar, ela recusa, dizendo que tem um trabalho junto a Pastoral de sua igreja, e coloca em minhas mãos um cheiroso bolo de fubá, ainda quentinho, recém tirado do forno.
Com simplicidade, que é uma de suas característica, Vera me diz: "fiz pra você, para adoçar o seu regresso ao lar. E acrescenta, estava com muitas saudades de você".
Com o cheiroso bolo nas mãos, caminho até a cozinha, e penso, como é bom nos cercarmos de amigos, sentirmos nossos vizinhos, como os parentes mais próximos.
Eu tenho muita "sorte" com meus vizinhos, e sei que além desses mimos, posso contar com eles, e eles comigo, a qualquer hora do dia ou da noite.
Tenho muitos episódios, para contar da ajuda fraterna e acolhedora que recebi (e recebo) de meus vizinhos.
Para não alongar demais esse texto, vou contar apenas um.
Beth, uma vizinha super querida, da qual nunca esqueço, e que faz algum tempo voltou para sua cidade natal, Porto Alegre, estava sempre pronta para ajudar e socorrer seus vizinhos.
Na época em que meu avô e avó viviam em nossa casa, certo dia ambos adoeceram com pneumonia, o médico foi chamado, e receitou injeções aos dois.
A Beth, que fora enfermeira em sala de cirurgia, vinha religiosamente aplicá-las em meus avós, e o carinho que trazia junto com ela, fazia-os esquecerem-se da dor da picada, e do desconforto que sentiam com a doença em idade tão avançada.
Era comum, ela chegar com um agrado para eles, como um bolo, ou flores que colhia em seu bem cultivado jardim. E as longas conversas que ela tinha com eles, tenho certeza que contribuíram para a recuperação de meus avós, tanto quanto as injeções que ela vinha aplicar.
Voltando ao bolo de fubá, ao saborear uma fatia, senti um gosto muito especial. Sem dúvida, o sabor inconfundível da amizade, que traz brilho e cor a nossa vida.
Pequenos gestos de gentileza nunca saem de moda. Nós, é que muitas vezes deixamos de cultivá-los.
(imagem: Lenapena)
Pequenos gestos de gentileza, tem o dom de tocar com dedos suaves nossa alma. E nos proporcionam doces emoções.
Sexta-feira, final de tarde, o sino de minha casa toca (trouxe esse sino há muitos anos atrás, quando visitei a linda cidade de Tiradentes) ao abrir a porta, lá está minha vizinha Vera. Uma pessoa super querida, com a qual tenho uma sintonia fina. Eu a convido para entrar, ela recusa, dizendo que tem um trabalho junto a Pastoral de sua igreja, e coloca em minhas mãos um cheiroso bolo de fubá, ainda quentinho, recém tirado do forno.
Com simplicidade, que é uma de suas característica, Vera me diz: "fiz pra você, para adoçar o seu regresso ao lar. E acrescenta, estava com muitas saudades de você".
Com o cheiroso bolo nas mãos, caminho até a cozinha, e penso, como é bom nos cercarmos de amigos, sentirmos nossos vizinhos, como os parentes mais próximos.
Eu tenho muita "sorte" com meus vizinhos, e sei que além desses mimos, posso contar com eles, e eles comigo, a qualquer hora do dia ou da noite.
Tenho muitos episódios, para contar da ajuda fraterna e acolhedora que recebi (e recebo) de meus vizinhos.
Para não alongar demais esse texto, vou contar apenas um.
Beth, uma vizinha super querida, da qual nunca esqueço, e que faz algum tempo voltou para sua cidade natal, Porto Alegre, estava sempre pronta para ajudar e socorrer seus vizinhos.
Na época em que meu avô e avó viviam em nossa casa, certo dia ambos adoeceram com pneumonia, o médico foi chamado, e receitou injeções aos dois.
A Beth, que fora enfermeira em sala de cirurgia, vinha religiosamente aplicá-las em meus avós, e o carinho que trazia junto com ela, fazia-os esquecerem-se da dor da picada, e do desconforto que sentiam com a doença em idade tão avançada.
Era comum, ela chegar com um agrado para eles, como um bolo, ou flores que colhia em seu bem cultivado jardim. E as longas conversas que ela tinha com eles, tenho certeza que contribuíram para a recuperação de meus avós, tanto quanto as injeções que ela vinha aplicar.
Voltando ao bolo de fubá, ao saborear uma fatia, senti um gosto muito especial. Sem dúvida, o sabor inconfundível da amizade, que traz brilho e cor a nossa vida.
Pequenos gestos de gentileza nunca saem de moda. Nós, é que muitas vezes deixamos de cultivá-los.
(imagem: Lenapena)