Amorosidade (Para Carlos Silvan)
Por Carlos Sena.
Acordar é um acordo. Por isto, nesta segunda, faço alguns acordos comigo mesmo e com a imaginação. Um primeiro acordo é tirar da cognição a velha história da segunda-feira preguiçosa. Segunda-feira pode ser dia de feira interior – dia de recarregar baterias da imaginação que precisam ser repostas para nutrir a vida; dia de repor estoques de afetos consumidos; dia de reparar olheiras que amores findos deixam ou, simplesmente, esquecer mágoas de ingratidões que nos invadem a vida, como a de velhos amigos que se perdem em seus caminhos, ou aquelas que a vida nos dá de lambujem para nos testar a sobrevivência. Acordar é acordo de existir. Acordo nosso conosco mesmo, porque nestes tempos de tanta modernidade, normalmente só fazemos acordos com os outros e acerca de fatos que nem sempre nos dão felicidade. Outro acordo salutar é se descobrir no processo de amorosidade – coisa que está faltando e que tem se traduzido na violência urbana e no pouco valor dado à vida no geral, e aos indivíduos no particular.
Os governantes têm feito acordos de paz, mas nem sempre tem conseguido. Porque a paz tem que estar primeiro dentro dos indivíduos. Não basta, pois, dizer que ama. Porque quem tem boca diz o que quer e papel em branco aceita tudo que nele seja colocado como os acordos formais. Assim e por isso, acordo-me nesta segunda-feira com o sentimento do “sempre” pela real necessidade de me reprocessar em cada dia em busca da amorosidade.
Por Carlos Sena.
Acordar é um acordo. Por isto, nesta segunda, faço alguns acordos comigo mesmo e com a imaginação. Um primeiro acordo é tirar da cognição a velha história da segunda-feira preguiçosa. Segunda-feira pode ser dia de feira interior – dia de recarregar baterias da imaginação que precisam ser repostas para nutrir a vida; dia de repor estoques de afetos consumidos; dia de reparar olheiras que amores findos deixam ou, simplesmente, esquecer mágoas de ingratidões que nos invadem a vida, como a de velhos amigos que se perdem em seus caminhos, ou aquelas que a vida nos dá de lambujem para nos testar a sobrevivência. Acordar é acordo de existir. Acordo nosso conosco mesmo, porque nestes tempos de tanta modernidade, normalmente só fazemos acordos com os outros e acerca de fatos que nem sempre nos dão felicidade. Outro acordo salutar é se descobrir no processo de amorosidade – coisa que está faltando e que tem se traduzido na violência urbana e no pouco valor dado à vida no geral, e aos indivíduos no particular.
Os governantes têm feito acordos de paz, mas nem sempre tem conseguido. Porque a paz tem que estar primeiro dentro dos indivíduos. Não basta, pois, dizer que ama. Porque quem tem boca diz o que quer e papel em branco aceita tudo que nele seja colocado como os acordos formais. Assim e por isso, acordo-me nesta segunda-feira com o sentimento do “sempre” pela real necessidade de me reprocessar em cada dia em busca da amorosidade.