TÚMULOS.

Conhece-se os túmulos dos famosos, de incríveis e surpreendentes histórias, inclusive seus jacentes, como existentes na grande cintura da “cidade luz”, Paris, em Saint Denis, que conheço por interesse artístico em esculturas e curiosidade histórica, meus vícios.

Dos jacentes na Igreja de Saint Denis da realeza francesa a um sem número de celebridades em variados cemitérios, incontáveis, no famoso Père Lachaise, o mais iconográfico em Paris, estão lá as biografias, assentadas, conhecidas, formalizadas na literatura.

Para este local foram trasladados os corpos de Abelard e Heloise, famosos amantes da idade média, aluna e professor, tendo o Père Lachaise sido praticamente aberto com seus corpos e jacentes em mármore “unidos na morte já que separados na vida”, para incentivar o sepultamento dos mortos fora dos entornos das igrejas, como tradicional, e resolver sério problema de sanitarismo existente nos Les Hales, local central da cidade, ao lado do “estômago de Paris” e seu antigo grande mercado de comestíveis. O sepultamento era a céu aberto. O cheiro horrível.

Do grande cemitério de Milão, Monumentali Cimitieri de Milano, onde os fantásticos túmulos de ricos encomendados aos grandes mestres até os cemitérios menos conhecidos, como o de Montmartre, na Butte de Montmartre, estão indicados, listados, enumerados pela historiografia seus célebres sepultados.

Todos morreram como todos os seres que vivem morrerão e os célebres são visitados, a dizer, aqui jaz uma grande inteligência.

Como visitar o túmulo vazio de Cristo? Impossível. Por quê? Ele venceu a Morte.

Nisto reside uma verdade única e absoluta, o mais célebre humano não tem túmulo preciso, tem uma indicação histórica relativa e revolucionou a história, as mentes, as doutrinas, os tempos.

Vencer a morte indica viver a vida, e permanecer lembrado como o mais importante humano, viver uma nova vida, aquela onde não há nada mais que clareza, o que se induz pela tranquila certeza de inexistir sofrimento. Os dois estágios que são um só demonstra-se pelo túmulo vazio do Cristo, vida e morte.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/02/2014
Reeditado em 23/02/2014
Código do texto: T4703131
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