A Geração da Toca
Os tempos mudaram. E nem sempre são para melhores.
Digo isso porque estamos vivendo nesse momento uma mudança significativa e ao mesmo tempo triste, com um fator que talvez acabe com uma das coisas mais importantes para a formação de uma criança.
As brincadeiras de rua.
Nos meus tempos de menino era muito diferente e vejam bem que não sou tão antigo assim.
Brincávamos de tudo que vocês podem imaginar desde amarelinha até esconde-esconde e, de vez em quando, um bom jogo de bola.
O videogame já existia na minha época e mesmo nele as brincadeiras eram divertidas. Mas só usávamos o console em dias de chuva ou caso alguém da turma estivesse doente ou de castigo.
Mas agora tudo isso virou apenas meras lembranças.
A geração de hoje em sua grande parte vive apenas virtualmente com “amigos” no facebook.
Na minha infância (e até hoje), gostava (e ainda gosto) de assistir o Jaspion, que era a coqueluche do momento. Lembro-me que num desses episódios uma árvore falante perguntava ao herói o que aconteceu com as crianças que brincavam com ela todos os dias e onde elas estavam agora.
Creio que todas as árvores do mundo inteiro estejam querendo saber o que aconteceu com essas crianças.
Respondo a elas que essas crianças e jovens atualmente está entocada nas suas casas “curtindo” suas amizades.
E o curioso é que grande parte dessa geração da toca só conheceu a rua através dessas manifestações que ocorreram em junho do ano passado.
Eles querem mudar o país, mas para isso é necessário que essa geração saia de suas tocas e voltem a brincar na rua como nos velhos tempos, tendo contato direto com as pessoas e não somente numa tela.
Vamos brincar um pouco, pessoal?