A maneira moderna de escrever
Desde Monteiro Lobato, prega-se que ao escrevermos não fiquemos presos excessivamente à gramática normativa. E, atualmente, há diversos autores com a mesma diretriz de pensamento. E com a Semana da Arte Moderna, de 1922, a virada foi enorme. Feliz foi a canção “Assaltaram a Gramática”, do Paralamas de Sucesso” que realça a inovação ocorrida ou pregada pelos modernistas.
É exemplo batido o poema de Drumond onde emprega o verbo “ter” de forma não ortodoxa ‘no meio do caminho tinha uma pedra”.
Não só na linguagem houve a revolução. Em muitos outros aspectos, também. Para melhor, como lembra a canção: meteram a poesia, na bagunça do dia a dia; meteram a poesia onde devia e não devia. É claro, a vida é bem melhor com a poesia, porque o poeta é a pimenta do planeta.
Mas há outro aspecto prático da questão. Em concursos e vestibulares, precisamos esquecer essas inovações e apegar à tradicional maneira de escrever. Caso contrário, não seremos aprovados.
Toda mudança, mesmo na era da rapidez, é lenta e demorada. Não seria caso de a Academia Brasileira de Letras –guardiã do nosso idioma – tomar uma posição a respeito?