Alemanha
...atender a "sugestão" do meu chefe e conhecer a Central de Peças significava permanecer mais alguns dias na Alemanha, e mais que isso, implicava em assumir o comando do carro alugado...
Dirigir numa cidade estranha no Brasil requer um certo cuidado. Imaginem a perspectiva de manejar um carro diferente em outro país, com placas de sinalização quilométricas e repletas de consoantes e alguns símbolos totalmente estranhos. Adicione-se a isso o desconhecimento das regras locais de transito e o fato de que não há limite de velocidade nas estradas. Pronto! tem-se o quadro completo de um motorista preocupado, mas juro que a placa ai acima não tem muito a ver (talvez só um pouco) com o que passava pela minha cabeça.
Como não havia alternativa a não ser "curtir" a experiência, matriculei-me num curso-relâmpago de "leitura de mapas em alemão", que durou uns 15 minutos, tendo como professora a necessidade, como sala de aula o estacionamento do aeroporto de Dusseldorf e como carteira o capô do carro. Estava pronto? Não, mas cadê a opção?
O sistema de “Autoban” é bom, mas o fato da Alemanha ser um dos poucos países do mundo onde não há limite de velocidade nas estradas intermunicipais torna as coisas um pouco mais complicadas para um “rookie” como eu. Num determinado momento, se está a 130 km por hora e, de repente, tem-se a sensação de que o carro parou, tal a velocidade de um Mercedez que passa à sua esquerda, sabe-se lá a quantos quilômetros por segundo...
Durante aqueles dias, tive que passar duas noites em Dortmund e de lá para Mulheim são 60 km e a necessidade de ouvir o rádio do carro. Num desses trajetos ouvi Aquarela, do Toquinho e isso me encheu de orgulho, mas foi essa a única conexão com o Brasil naqueles dias...
De carro também fui a Koln. É uma cidade de alguns atrativos: o mais famoso deles é a Catedral em estilo gótico mas eles também foram os primeiros que comercializaram uma famosa água de cheiro, também conhecida como água de colônia. Precisei ir à Alemanha para aprender essa pérola de cultura inútil...
Grande abraço
Leo