Batidinha

Ele um marido perdido e apaixonado pela sua Zélia, ela, uma mulher de personalidade forte, mas, de coração generoso. Ele, solitário. Ela solteirona. Conheceram-se na festa de aniversário da Cotinha, celebração, com direitos a amigos e parentalha, pois, fazer cem anos não é para qualquer um, não é mesmo?

Ele beirando os 70 anos e ela os 65..., estão, numa forma de fazer inveja aos jovens de 30!

Casamento feliz! Um susto para acabar com a alegria! Ele teve um acidente vascular cerebral. Mudanças drásticas na vida dos apaixonados. Ele não podia mais dirigir. Ela, então, pega o volante. Perigo! Perigo! Para isto acontecer, ela volta para a autoescola. Um perrengue para o monitor..., ela, uma barbeira assumida. Algumas batidinhas, depois, ela esta pronta para voltar às ruas...

Ela o leva ao médico, o leva fazer os exames de rotina..., ao seu lado ele emudece! Ela passa o sinal vermelho, entra na contramão, estaciona na calçada..., não tem senso de direção.

“Querida, vamos chamar um táxi para evitar tanta gastura!”

“Gastura! Mas, eu adoro dirigir. Não fique com medo, se você esta comigo está com Deus!”

“Cuidado!”

Encontrão na esquina. Zélia avançou o PARE!”

Neste dia, Biscoito, seu cachorro estava junto!

O homem sai bufando de raiva. Batida leve, mas, ele não quer saber!

“Minha senhora, eu vejo que tem cachorro!”

“É o meu amigo Biscoito!”

“A senhora tira pulga do seu cachorro?”

“Lógico, meu senhor!”

“Então, como você não viu o meu carro!?”