Meu filho recebeu uma graça?
 
Caro leitor: seguindo o exemplo da amiga que testemunhou uma graça de Nossa Senhora Aparecida, relato essa experiência: Estava num restaurante em Belo Horizonte, com duas amigas, que não contatava, pessoalmente, há pelo menos seis anos. Resolvi ir ao encontro, apesar de preocupada com o meu filho, que estava na UTI em São Paulo, internado há quase 15 dias com pancreatite aguda grave. Ele aguardava a desinflamação do pâncreas para se submeter à cirurgia da retirada da vesícula, repleta de pedras, e endoscopia para supressão de duas pedras expelidas da vesícula e alojadas no canal do pâncreas. Ressalto que esta cirurgia não tinha data marcada, ou seja, poderia ser a qualquer momento e dia.
Deleitava-me com o reencontro de tão especiais amigas, quando recebi uma mensagem no meu celular: “mãe, a cirurgia vai ser hoje, nas próximas horas, faça uma corrente positiva para tudo correr bem”. Um impulso me afligiu, queria poder estar com ele, imediatamente, mas a distância me despertava para a impossibilidade de realizar o meu desejo. Em respeito ao momento de êxtase das amigas, apenas lhes comuniquei que iria no dia seguinte para São Paulo, para visitar o meu filho, e sem preocupa-las, disfarcei a minha aflição.
Uma de minhas amigas, já ciente, anteriormente, que meu filho estava internado, perguntou-me sobre ele. Respondi que seus exames diários estavam melhorando a cada dia, e que ele aguardava a decisão dos médicos para ser operado. Foi então, que ela nos contou que no dia seguinte iria para Aparecida do Norte agradecer uma graça alcançada. Seu relato me inspirou a esperança na santa. E, silenciosamente, rezava e suplicava a Nossa Senhora Aparecida que ajudasse ao meu filho. O tempo passava e eu, silenciosamente, orava.
O ambiente e as companhias eram extremamente agradáveis. Antes da meia noite, meu celular sinalizou-me com uma mensagem, era de minha nora, que informava o sucesso da cirurgia. Imediatamente, descartei a possibilidade que esse encontro acabasse com a triste cena que me ameaçava a todo instante: “de lampejo, via-me nos ombros das duas externando a tristeza de um possível insucesso da cirurgia, e isto eu refutava, rezando baixinho à santa.” “Será que elas estavam ali, depois de tantos anos para me acolher? Também, me perguntava.” Respirei, profundamente, de alívio. Mas, ainda assim, não comuniquei o ocorrido, pois, poderia me emocionar e entrar em desespero, porque o meu desejo de estar com meu filho aumentou, vertiginosamente, após a boa notícia.
Contudo, espero me redimir com elas, por ter guardado o segredo com este relato, que ora escrevo. Aliás, acredito que as boas companhias me ajudaram em pensamento, deram-me energia positiva, o valor de verdadeiras amizades, inspiraram-me à rezar para a santa, o clima não poderia ser mais propício. Também, reconheço que a força das minhas irmãs, especialmente, Simone, e de minha nora, Thiane, ao lado de meu filho, tão atenciosamente, também contribuíram para apaziguar o meu coração, e aceitar a distância dele, nesse instante tão importante.
Finalizando, agradeço ao profissionalismo dos médicos e outros profissionais, que o atenderam no Hospital São Luiz, em São Paulo. Acho que Nossa Senhora Aparecida encontrou muitos aliados, quando rogava pelo meu filho a Deus, inclusive, com as orações de Simone e de seu namorado Carlos, que reitero minha gratidão, e, a coragem e serenidade de meu filho, Fabiano. Assim, o mais breve, como minha amiga, Mara, também, irei à Aparecida, para agradecer a benção, mas, de imediato, deixo o meu testemunho. Obrigada, meu Deus!
Maria Amélia Thomaz
Enviado por Maria Amélia Thomaz em 17/02/2014
Reeditado em 19/02/2014
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