A musica que eu canto

Fico pensando agora em como você esta, sozinha nessa casa imensa, rememorando todos os nossos grandes momentos, nossa musica ainda toca no meu coração, não consigo apagar aquele sorriso besta quando a ouço e mesmo não querendo, se enche a maré nos meus olhos.

Ele chegou primeiro e construiu uma casa e eu mero inquilino, que tantas vezes pensei ter um latifúndio, na verdade era apenas um aluguel de um talvez falso amor, no mundo imaginário, nossa sintonia prova o contrario.

Jurei nunca mais derramar tristeza por você, isso que tento fazer todos os dias, dentro do meu carro, com todo aquele repertório que tínhamos juntos, uma coletânea de musicas, nossos sentimentos que cuidadosamente eram traduzidos em canções e mesmo que eu insista em um réquiem para nossa historia, ela inevitavelmente torna-se aquela musica dos sábados de manhã, de quando nos preparamos para fazer alguma coisa bem legal.

Não se trata de amor impossível, platônico ou desamor, foi o tempo, o mesmo que irá me curar dessa ponta de dor que tanto me incomoda quando eu toco minha bochecha e lembro dos seus beijos, são essas areias cronológicas que erraram no passado, em não ter te colocado no meu caminho e hoje trilhamos tão distantes um do outro.

Queria dançar com a sua mãe na sua festa de aniversario, dar um abraço naquele seu tio que bebe todas e talvez fazer que eu entendesse um pouco de futebol para conversar com o seu irmão que só pensa nisso.

Nossa musica ainda toca e eu sempre a cantarei, como uma oração, para que você esteja feliz, bem e não importa a distancia, ainda entoarei o mesmo refrão, para que a vida te faça feliz.

Deangelis Guerreiro
Enviado por Deangelis Guerreiro em 17/02/2014
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