O caçador de carnes
O caçador de carnes
Não há nada que violente mais um ser, que a palavra dogmática e distorcida. Nela a existência é subtraída e vilipendiada; a palavra, muitas vezes, é o chicote do corpo.
Oiram falou do alimento que sustenta a vida.
A carne alimenta o ser!
A carne alimenta a vida!
A carne alimenta o sonho!
A carne alimenta o desejo!
A carne alimenta as vontades!
A carne alimenta a fantasia!
A carne alimenta o corpo!
A carne alimenta o sentimento!
A carne alimenta o olhar!
A carne alimenta o mundo!
A carne alimenta a fome!
A carne alimenta a sede!
Depois de proferir tais palavras, Oiram fez a sua sesta; foi descansar da fartura da existência e dormir o sono da exaustão de vida.
Oiram