A parábola da obrigação
A parábola da obrigação
Oiram estava cansado, mas não derrotado. Sentou para descansar os pensamentos e o corpo e muitos que estavam, a sua volta, também sentaram. Oiram e a multidão haviam caminhado muito, durante a madrugada sombria.
Oiram vendo que os sequazes, que o seguiam, estavam também cansados, resolveu contar-lhes uma parábola, enquanto tomavam fôlego para prosseguir pela noite silenciosa e escura.
- Todo dia, pela manhã, um pai mandava o filho molhar as plantas, sempre no mesmo horário. O menino obedecia e cumpria a sua obrigação, sem reclamar. Aquilo se tornou mecânico e repetitivo, mas... Certo dia, no horário em que o menino tinha a obrigação de cumprir seu dever, uma chuva caiu. Vendo toda aquela chuva, o menino pensou: - não preciso molhar as plantas, pois a chuva fez o trabalho por mim.
O pai, vendo que o menino não iria cumprir seu trabalho, mandou-o, veementemente, molhar as plantas.
- Vá cumprir sua obrigação! Vá molhar as plantas!
O menino refutou:
- Pai, está chovendo e a chuva já molhou por mim.
O pai, irritado, respondeu:
- A natureza fez a parte dela, agora, faça a sua parte! Molhe as plantas e não atribua a sua responsabilidade a outros!
Oiram