2 - OS BURCOS EXPERIMENTAM A VINGANÇA - II
O braço fraco dos burcos estacionou num charco ao pé da cordilheira, já em solo colombiano, então Maria Burca se sentindo uma das liderança, ressuscita da morte política que lhe fora imposta prematuramente e lança um protesto bem convincente, por ali não poderiam seguir, pois o Google não estava completo, assim como em Cuba, Venezuela e outros países ditos socialistas. O capitalismo começa a fazer a cabeça dos burcos, eles preferem as coisas boas do capitalismo.
Sem muitas delongas enveredam novamente na direção do Paraguai, a ideia é marcharem pelo Brasil até acima da planície, dar um calor no poder central, pelo menos assustar.
Marcham alguns dias sem mandarem notícias e cruzam a fronteira por Foz do Iguaçu. Parece um paraíso itinerante, o dinheiro chega pelo patrocínio dos rebeldes e logo estarão no pantanal com toda aquela água farta chafurdar, se os burcos de vanguarda estão felizes não é o mesmo que acontece com os estacionados no sul do pais. Lá as lideranças são odientas e clamam por vingança, nem sabem bem como, mas alguém terá de pagar pelo pedaço burro que carregam no meio das ideias. Não bastando a vingança lançada contra o duroc serviçal e contra a Maria Burca, a sede exige mais vingança, então um dos mais velhos sugere que um esforço seja feito para que continuem aculturados e obsoletos, assim poderão rir de seus próprios tropeços. Sob aplausos ele é acatado e resolvem dissolver e esconder toda a doutrina amealhada nos últimos meses e assim a burcada será mantida na ignorância ficando pronta para aceitar qualquer palpite politiqueiro.
Do Livro - Província dos Burcos - 2014