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VELHOS SEM VERGONHA
 
Sempre ouvi dizer que “pau que nasce torto, morre torto”. Nunca duvidei dessa afirmação, mesmo porque não é possível mesmo endireitar um pau que já veio ao mundo com esse desvio de formação. E, tal como no ditado popular, o ser humano que já chega ao mundo com algum defeito de fabricação em sua personalidade e/ou em seu caráter, jamais será endireitado por quem quer que seja.
 
Exemplos não faltam, mas vou me ater exclusivamente aos nossos políticos e demais homens ditos públicos, que, geralmente, são aqueles que nos dão os piores exemplos.
 
Fiquei motivado a escrever este texto após ler constantemente na internet as matérias sobre os escândalos nacionais, que se sucedem um após o outro, sem intervalos comerciais. Sim, na internet, pois as TVs – comprometidas que são com os políticos e seus partidos – se eximem de divulgar determinadas notícias.
 
Desde longa data os principais pilantras que se apoderam do dinheiro público, além de praticarem outras mentiras e falcatruas, já são velhos, alguns já com um pé na cova. Tomemos como exemplo bem atual, o caso do mensalão: Lula (o chefe), Genoíno, José Dirceu, Delúbio, o já morto Gushiken, Jefferson Soares, Waldemar Costa Neto e alguns outros “senhores” com idade já um pouco avançada. Ah, e o imortal José Sarney, dono do miserável e bizarro estado do Maranhão, junto com sua bem aquinhoada família. Vamos seguindo: Paulo Maluf (este dispensa qualquer comentário), o paraense Jader Barbalho, Ibrahim Abi Ackel (lembram-se das pedras preciosas?), e muitos e muitos outros. E ainda tem o juiz Nicolau, que não era político, mas militava no meio. Os mais antigos como eu, devem lembrar-se do ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros, cujo slogan era o seguinte: “rouba, mas faz”. Ele, assumidamente, furtava mesmo o dinheiro público, porém realizava grandes obras, o que o fez cair no gosto popular. Coisas do Brasil.
 
O interessante é que, obviamente, todos negam as acusações fazendo-se passar por verdadeiros santos, donos da mais imaculada vida pregressa. E se tem algo que eu também não consigo processar é o seguinte: como esses pilantras enxergam suas famílias, principalmente os filhos, que são o maior legado que podemos ter? Vejamos um dos casos mais recentes: a fuga e posterior prisão na Itália de Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil e réu condenado no mensalão. Sua própria tia afirmou recentemente que ele “enlameou o nome da família”. Esse sujeito é um verdadeiro bandido, estelionatário e que provocou golpes terríveis nas instituições brasileiras. Ao ser preso na Itália foi pego com documentos falsos em nome do irmão já falecido, depois de envergonhar todos os brasileiros de bem, além de debochar da ordem pública e do direito.
 
Depois de tanto tempo de vida bandida, já com a sombra da foice rondando suas cabeças, para que continuar roubando tanto? A resposta é difícil, pois ninguém consegue entender o que se passa na cabeça de um marginal, mas de uma coisa eu tenho certeza: eles não sabem o que ainda os espera, seja neste ou em outro plano. Mas como seria bom que fosse ainda neste plano.
 
 
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