PAU MANDADO
Uma vida perdida e apenas dois condenados, resultante de uma manifestação que tem por trás vários mandantes. É essa a informação que se tem de que muitos pobres eram aliciados para assumirem a linha de frente no vandalismo.
E agora José?
Pelo perfil dos acusados vê-se que eles não tinham o conhecimento suficiente para tais articulações. Eram simplesmente “paus-mandados”, ou, na linguagem jurídica, “autores materiais” cumprindo ordens dos “autores intelectuais”. Há muito tempo que essas manifestações vêm excedendo o limite de um “protesto pacífico”, o ideal de uma democracia. Exceder a esse limite caracteriza um “desgoverno” de quem deveria garantir a segurança do cidadão.
Depois do ocorrido, reuniões da cúpula para definir essa ou aquela estratégia para remediar o mal que não tem mais cura. Esqueceram o adágio popular de que “é melhor prevenir do que remediar”. Um lamento para a família da vítima e também dos réus, cujas punições não repararão, jamais, o mal que causaram.