PARA TER UM DOMINGO DE PAZ
Existem coisas simples que se perderam no tempo e deixaram de ser hábitos saudáveis. Hábitos que mudaram e ainda poderiam mudar o curso de muitas vidas. É que foram esquecidos socialmente.
Quero falar desse dia que para mim é “O DIA”. Domingo é para alguns o acordar tarde e ler notícias que as vezes lhes roubam a alegria; não quero estragar meu domingo usando meus dedos para repetir todas as notícias que percorreram os jornais da semana.
Não, quero o domingo da minha infância, onde a família em torno da mesa orava e agradecia a Deus pela semana que se iniciava e que nela se fizesse a paz necessária para a labuta semanal. Eram as bênçãos do avô à cabeceira da mesa e no centro dela a fartura da comida preparada por vovó e pelas tias todas. Naquela época nem sonhávamos em contar calorias. Amávamos os domingos. Ansiávamos por sua chegada. Encontrar os seus depois da reunião com Deus era a bênção das bênçãos. Domingo era dia de beijar as mãos dos mais velhos e deles ouvir: “Deus te abençoe e seja contigo”. Também era o dia de abraçar os primos, contar-lhes os feitos da semana e ouvir-lhes, de olhos arregalados, todas as mentiras fantásticas e aventuras que mereciam cinqüenta por cento de desconto, no mínimo.
Corríamos léguas de bicicleta, de carrinhos de rolimãs, jogo de peteca, jogo de vôlei, dominó, varetas, pique esconde à tardinha... Lembro que meu avô adorava brincar conosco. Sempre havia uma estória a ser contada e que nunca terminava, ficava para o próximo domingo a continuação.
Era dia de dedos afagadores. Os domingos que os tios na varanda tocavam músicas sem letras e tiravam sons de dedos mágicos agradecendo a Deus todas as benesses recebidas e as que ainda iriamos receber.
Hoje, me vi sozinha em casa, me vi casa vazia. E lembrei-me de como eram bons todos os meus domingos. Os que me lêem hão de dizer: “é que as cidades pequenas eram mais aconchegantes.” Não, lhes digo, isso acontecia aqui, na “Capital da República”, como mamãe costumava dizer. Nesta Brasília que hoje é tão mal vista, como se aqui não existisse gente digna e familiar; onde as pessoas não se reúnem e carros e carros apressados correm em direção aos Lagos ou em direção à “rua dos restaurantes” - lugar onde se come mal, se é mal atendido e paga-se caro para sombria estada e tão vazia mesa.
Vagando pelo quintal me pergunto onde estarão os primos meus. Onde estarão meus amigos; onde estarão meus filhos; onde estarão meus irmãos? Depois de um culto em templos escolhidos irão para suas casas e lá comerão sozinhos ou com uns poucos amigos? Por onde estarão os netos que ainda não tive?
Divago sozinha, percorrendo o meu quintal enorme, pensando no que escrever sobre os domingos...
Entre os latidos dos cães e os cantos dos muitos passarinhos escuto uma voz que me grita:
- Divina, eles chegaram! E a sua calda de amoras já está quase no ponto!
Desligo meu gravador onde retenho minhas idéias para escrevê-las. Dou um tempo nesse retiro do eu só comigo. É que me aguardam filhos, genro, irmãos, sobrinhos, cunhadas, cunhados e amigos. Com eles os instrumentos de cordas e muitos sorrisos. É nosso dia, o nosso velho e bom hábito domingueiro. Onde já não é minha avó quem prepara a comida, sou eu, a perpetuar hábitos divinos.
Dedico esta crônica aos meus amigos do Recanto e lhes desejo um domingo maravilhoso . Esses amigos queridos que muitas vezes gastam parte do domingo escrevendo para o nosso deleite. Qualquer dia os quero à minha mesa!
Alexandre Tambelli, Alina Romariz,Ambrósio Henrique, Ana Joaquina,
Anaclara Ribeiro,Andrei Portugal, Ângela Conde, Átmanom, Carlos Pimentel , Chico Steffanello, Cinthia , Claiton Sherer, Cleide Yamamoto, Cristiane Pessoa, Crystina, D A Limonge, Denise Kunz, Dylugon, Eder Ribeiro Vogado, Edimilson Celson, Elio Candido de Oliveira, Ene Mathias, Fátima Weckwerth, Hamilton Santos, Henricabilio, Hluna, Jacques Levin, Jesus Ramos, João Adolfo Guerreiro, João Áquila, Jorge Luiz da Silva Alves, José Alberto Lopes,
Julimar Antônio Vianna, Kolemar Rios, Lahiana, Ledalge, Lobo do Mar, Lucan, Luiz Guerra, Luzia Câmara Ozarias, Maith, Mara Pupin, Marco Bastos,
Mardilê Friedrich Fabre, Maria, Maria Aparecida Giacomini Dóro,
Maria Goreti Rocha, Maria Nelci, Maria Quitéria, MariSaes, Milla Pereira,
Nay, Pastor Elísio, Patrícia Pessoa, Pedro Nogueira, Professor Roque, Ragnar Lodbrok, Regina Bertoccelli, Ricardo, Rogério Silvério de Farias, Ronaldo Honório, Rosangela Aliberti , Sabrina Dianne, Saji Pokeo, Sueli do Espírito Santo, Tania Orsi Vargas, Vanuza, Waldo Lima, Wilson Correia, Yananrod (rascunhomusical), Zedio Alvarez e outros tantos que me perdoarão a péssima memória.
Existem coisas simples que se perderam no tempo e deixaram de ser hábitos saudáveis. Hábitos que mudaram e ainda poderiam mudar o curso de muitas vidas. É que foram esquecidos socialmente.
Quero falar desse dia que para mim é “O DIA”. Domingo é para alguns o acordar tarde e ler notícias que as vezes lhes roubam a alegria; não quero estragar meu domingo usando meus dedos para repetir todas as notícias que percorreram os jornais da semana.
Não, quero o domingo da minha infância, onde a família em torno da mesa orava e agradecia a Deus pela semana que se iniciava e que nela se fizesse a paz necessária para a labuta semanal. Eram as bênçãos do avô à cabeceira da mesa e no centro dela a fartura da comida preparada por vovó e pelas tias todas. Naquela época nem sonhávamos em contar calorias. Amávamos os domingos. Ansiávamos por sua chegada. Encontrar os seus depois da reunião com Deus era a bênção das bênçãos. Domingo era dia de beijar as mãos dos mais velhos e deles ouvir: “Deus te abençoe e seja contigo”. Também era o dia de abraçar os primos, contar-lhes os feitos da semana e ouvir-lhes, de olhos arregalados, todas as mentiras fantásticas e aventuras que mereciam cinqüenta por cento de desconto, no mínimo.
Corríamos léguas de bicicleta, de carrinhos de rolimãs, jogo de peteca, jogo de vôlei, dominó, varetas, pique esconde à tardinha... Lembro que meu avô adorava brincar conosco. Sempre havia uma estória a ser contada e que nunca terminava, ficava para o próximo domingo a continuação.
Era dia de dedos afagadores. Os domingos que os tios na varanda tocavam músicas sem letras e tiravam sons de dedos mágicos agradecendo a Deus todas as benesses recebidas e as que ainda iriamos receber.
Hoje, me vi sozinha em casa, me vi casa vazia. E lembrei-me de como eram bons todos os meus domingos. Os que me lêem hão de dizer: “é que as cidades pequenas eram mais aconchegantes.” Não, lhes digo, isso acontecia aqui, na “Capital da República”, como mamãe costumava dizer. Nesta Brasília que hoje é tão mal vista, como se aqui não existisse gente digna e familiar; onde as pessoas não se reúnem e carros e carros apressados correm em direção aos Lagos ou em direção à “rua dos restaurantes” - lugar onde se come mal, se é mal atendido e paga-se caro para sombria estada e tão vazia mesa.
Vagando pelo quintal me pergunto onde estarão os primos meus. Onde estarão meus amigos; onde estarão meus filhos; onde estarão meus irmãos? Depois de um culto em templos escolhidos irão para suas casas e lá comerão sozinhos ou com uns poucos amigos? Por onde estarão os netos que ainda não tive?
Divago sozinha, percorrendo o meu quintal enorme, pensando no que escrever sobre os domingos...
Entre os latidos dos cães e os cantos dos muitos passarinhos escuto uma voz que me grita:
- Divina, eles chegaram! E a sua calda de amoras já está quase no ponto!
Desligo meu gravador onde retenho minhas idéias para escrevê-las. Dou um tempo nesse retiro do eu só comigo. É que me aguardam filhos, genro, irmãos, sobrinhos, cunhadas, cunhados e amigos. Com eles os instrumentos de cordas e muitos sorrisos. É nosso dia, o nosso velho e bom hábito domingueiro. Onde já não é minha avó quem prepara a comida, sou eu, a perpetuar hábitos divinos.
Dedico esta crônica aos meus amigos do Recanto e lhes desejo um domingo maravilhoso . Esses amigos queridos que muitas vezes gastam parte do domingo escrevendo para o nosso deleite. Qualquer dia os quero à minha mesa!
Alexandre Tambelli, Alina Romariz,Ambrósio Henrique, Ana Joaquina,
Anaclara Ribeiro,Andrei Portugal, Ângela Conde, Átmanom, Carlos Pimentel , Chico Steffanello, Cinthia , Claiton Sherer, Cleide Yamamoto, Cristiane Pessoa, Crystina, D A Limonge, Denise Kunz, Dylugon, Eder Ribeiro Vogado, Edimilson Celson, Elio Candido de Oliveira, Ene Mathias, Fátima Weckwerth, Hamilton Santos, Henricabilio, Hluna, Jacques Levin, Jesus Ramos, João Adolfo Guerreiro, João Áquila, Jorge Luiz da Silva Alves, José Alberto Lopes,
Julimar Antônio Vianna, Kolemar Rios, Lahiana, Ledalge, Lobo do Mar, Lucan, Luiz Guerra, Luzia Câmara Ozarias, Maith, Mara Pupin, Marco Bastos,
Mardilê Friedrich Fabre, Maria, Maria Aparecida Giacomini Dóro,
Maria Goreti Rocha, Maria Nelci, Maria Quitéria, MariSaes, Milla Pereira,
Nay, Pastor Elísio, Patrícia Pessoa, Pedro Nogueira, Professor Roque, Ragnar Lodbrok, Regina Bertoccelli, Ricardo, Rogério Silvério de Farias, Ronaldo Honório, Rosangela Aliberti , Sabrina Dianne, Saji Pokeo, Sueli do Espírito Santo, Tania Orsi Vargas, Vanuza, Waldo Lima, Wilson Correia, Yananrod (rascunhomusical), Zedio Alvarez e outros tantos que me perdoarão a péssima memória.