DIVAGANDO...
Eu tinha, ou melhor, tenho afazeres para dar conta neste exato momento. Mas me deu na cabeça escrever, escrever qualquer coisa. Talvez por influência do meu irmão Livaldo, que é de fé e de alma pra mim.
Até então me detivera aos versos rimados, com cadência e melodia. Uma ou outra crônica, só para ter como dizer que não escrevo só poesias.
Se dão pra letra de música esses versos, ainda não sei. Ou será que sei? Bom, até então, embora conheça uma quantidade não muito pequena de músicos, nenhum pegou sequer uma frase minha pra sonorizar. Logo, é hora de encarar os fatos: acho que como letrista sou uma poetisa mediana.
Mas, na realidade, nunca achei que dava para as músicas. Acho que ouvi-las já me basta. Inspiram-me. Inspiram-me tal como os primorosos textos do Assis. Esse sim é homem bom com as palavras. É o tal que escreve com a mesma facilidade com que respira. Pelo menos é o que parece.
Falo do grande escritor no presente por senti-lo praticamente ao meu lado quando leio seu legado. E que sensação fantástica é essa, viu!
Outro dia perguntaram-me qual a autoria de Dom Casmurro. Contive-me no meu lamento interior. Então, essa geração privou-se dos clássicos?...
Sei que lembram vestibular, ou ENEM, mas, acreditem, são muito, muito mais do que isso!
Vasculhando minhas pastas no computador, achei um tesouro. Músicas que copiei de não sei quem, não sei quando, e que foram parar aqui agora para o meu deleite. Algumas bossas, uns chorinhos, até o Gonzagão apareceu pelo meio do repertório extenso e bom, muito bom!...
E...aqui vai a saga de quem tem muito o que fazer, mas perdeu-se em tanto para apreciar.
Bem que o relógio poderia ser mais amigo das divagações, e estacionar algumas horas, como quem esquece seus afazeres, pelo menos um pouquinho...