A MORTE DE SANTIAGO.

No Brasil se digladiam um desprezível número de pessoas com patrimônio pessoal correto e incensurável, como os que foram às ruas em junho de 2013, contra um exército em prol da corrupção.

Foi criado um gueto gigantesco de comissionamento e de compras de consciências do miserável aos grandes capitais. É triste ver o investimento em candidaturas facultado aos grandes capitais - empreiteiras - voltar em vitoriosas licitações, e a necessidade dos miseráveis ser adquirida por migalhas.

Morrem muitas mortes de fome, nas filas dos hospitais, em becos de favelas sem assistência alguma, no campo bebendo água podre quando tem. E vão continuar morrendo. A grande revolução, a cobrança legítima das famílias nas manifestações de junho de 2013 foi escorraçada das ruas quando cobrava seus direitos garantidos em lei, o fim da corrupção ou ao menos seu combate, foi expulsa de sua cidadania por desordeiros e pelo banditismo, os mesmos que mataram agora um trabalhador da imprensa em imagem. Quem matou Santiago não foi nenhum gesto revolucionário, mas o conhecido banditismo levado por bastidores.

A quem interessa colocar como colocou fora das ruas as famílias com suas crianças, pacífica e ordeiramente exigindo seus direitos, dar prioridade à prioridade, saúde e educação, e não à Copa do Mundo?

É claro de enxergar quem está por trás dessa malta.

Quem ficou encurralado com a surpresa gigantesca, fazendo promessas absurdas, irrealizáveis juridicamente em matéria de direito e de fato?

É a essa tribo que interessa a bagunça e tirar das ruas a legítima cidadania, os mesmos de sempre.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 11/02/2014
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