A pomba e o mar
Em um dia típico de verão, céu azul, nuvens brancas, iluminação perfeita em cores vivas, pele e cabelos brilhando, e muita gente bonita, lá estava eu, sentado numa cadeira de praia apreciando a beleza do mar, procurando palavras que traduzissem a majestade do Criador. Sempre que estou contemplando essa imensidão penso nos mistérios da criação e a potencialidade infinita de Deus. Quando então desceu, quase aos meus pés, uma pomba que veio saciar sua fome apanhando migalhas dos alimentos que os banhistas espalharam pela orla. Eis que me veio uma luz: o mesmo Deus infinito e extraordinariamente poderoso que fez todas as coisas fez também o mar com suas misteriosas riquezas (ainda não conhecidas totalmente), criou também a pombinha dócil e elegante criaturinha, símbolo da paz que todo homem deveria encontrar. Este mesmo Deus misterioso e “distante”, mito para muitos, que Jesus Cristo nos deu a conhecer como Aba (“paizinho”), é o Deus presente que usa da delicadeza de uma pombinha para nos abordar e acordar para uma realidade transcendente: para os dias difíceis desta vida, todos nós possamos com a pureza de uma pomba, mergulhar no profundo mistério do amor de Deus em todas as suas consequências! Se a orla estivesse limpa, sem as migalhas, as pombas fatalmente se alimentariam em outro lugar. Usando de metáfora Deus veio falar comigo.