EXEMPLO
Hoje, numa dessas conversas informais, descomprometidas, alguém usava da velha frase tão repetida de que não tem mais jeito mesmo, que os bandidos estão a solta, que para melhorar só prendendo toda essa gente que assalta, que rouba, que trafica, etc. etc.
Então eu disse que as cadeias estão cheias. Que falta cadeia para prender toda bandidagem. Que nos últimos anos a população carcerária vem crescendo geometricamente e mesmo assim não tem diminuído o nível de criminalidade.
E um outro então diz que a solução seria dispormos de leis que realmente punissem os bandidos; que a polícia prende e no dia seguinte os bandidos estão nas ruas novamente. Então repito que as cadeias, as penitenciárias estão cheias e volto a repetir o crescimento astronômico da população carcerária do Brasil.
Argumento, então, que leis também não faltam. Que temos leis “para tudo” e mais um pouco. Enfim, que temos leis para tudo, o que nos falta são leis “para todos”. Faltam-nos culhão para que as leis sirvam igualitariamente para todos.
Precisamos sim de educação. De formação social de caráter. E quando falo em educação, não estou me referindo ao ensino convencional da alfabetização, das operações básicas da matemática. Nem me refiro a educação sobre a iniciação â ciência, a profissionalização, etc.
Falo da educação no sentido da formação do “bom caráter”. Falo da educação em termos de ensinamentos dos princípios da convivência social, do certo e do errado. Falo da educação muito mais dos letrados e exploradores, folgados, espaçosos, do que necessariamente analfabetos. Esses últimos, normalmente são muito educados no lido social, no respeito ao alheio.
E a conversa terminou, quando comecei a fazer o meu discurso mais emblemático, que é o fato de que a educação, a formação, o ensinamento, requer necessária e indiscutivelmente exemplos. Sim, exemplos.
Exemplos daqueles que representam a liderança, o modelo do sucesso, do bem sucedido. Infelizmente esses modelos são representados pelos políticos e pelos empresários e esses não são bons exemplos. Aliás, muito ao contrário, são exatamente o exemplo que vem formando uma multidão, uma nação de bandidos. Bandidos ladrões de galinha que são presos. E outra nação de ladrões de fortunas e dignidade que estão nas ruas sendo exemplos de homens bem sucedidos.
E são desses que as penitenciárias e cadeias estão cheias. Cheias. Cheias que gente que adotam o modelo que temos de sucesso, de ascensão social e econômica.
Sempre ouvi que o exemplo vem de cima. Sempre me disseram, desde criança, que o exemplo é a melhor forma de educar, de ensinar.
Ainda bem que sou um tanto rebelde. Se não... Seria mais um bandidinho roubando galinhas ou já trancafiado nesse mundo de maus exemplos.
Hoje, numa dessas conversas informais, descomprometidas, alguém usava da velha frase tão repetida de que não tem mais jeito mesmo, que os bandidos estão a solta, que para melhorar só prendendo toda essa gente que assalta, que rouba, que trafica, etc. etc.
Então eu disse que as cadeias estão cheias. Que falta cadeia para prender toda bandidagem. Que nos últimos anos a população carcerária vem crescendo geometricamente e mesmo assim não tem diminuído o nível de criminalidade.
E um outro então diz que a solução seria dispormos de leis que realmente punissem os bandidos; que a polícia prende e no dia seguinte os bandidos estão nas ruas novamente. Então repito que as cadeias, as penitenciárias estão cheias e volto a repetir o crescimento astronômico da população carcerária do Brasil.
Argumento, então, que leis também não faltam. Que temos leis “para tudo” e mais um pouco. Enfim, que temos leis para tudo, o que nos falta são leis “para todos”. Faltam-nos culhão para que as leis sirvam igualitariamente para todos.
Precisamos sim de educação. De formação social de caráter. E quando falo em educação, não estou me referindo ao ensino convencional da alfabetização, das operações básicas da matemática. Nem me refiro a educação sobre a iniciação â ciência, a profissionalização, etc.
Falo da educação no sentido da formação do “bom caráter”. Falo da educação em termos de ensinamentos dos princípios da convivência social, do certo e do errado. Falo da educação muito mais dos letrados e exploradores, folgados, espaçosos, do que necessariamente analfabetos. Esses últimos, normalmente são muito educados no lido social, no respeito ao alheio.
E a conversa terminou, quando comecei a fazer o meu discurso mais emblemático, que é o fato de que a educação, a formação, o ensinamento, requer necessária e indiscutivelmente exemplos. Sim, exemplos.
Exemplos daqueles que representam a liderança, o modelo do sucesso, do bem sucedido. Infelizmente esses modelos são representados pelos políticos e pelos empresários e esses não são bons exemplos. Aliás, muito ao contrário, são exatamente o exemplo que vem formando uma multidão, uma nação de bandidos. Bandidos ladrões de galinha que são presos. E outra nação de ladrões de fortunas e dignidade que estão nas ruas sendo exemplos de homens bem sucedidos.
E são desses que as penitenciárias e cadeias estão cheias. Cheias. Cheias que gente que adotam o modelo que temos de sucesso, de ascensão social e econômica.
Sempre ouvi que o exemplo vem de cima. Sempre me disseram, desde criança, que o exemplo é a melhor forma de educar, de ensinar.
Ainda bem que sou um tanto rebelde. Se não... Seria mais um bandidinho roubando galinhas ou já trancafiado nesse mundo de maus exemplos.