VAMOS NAMORAR?
A profissão mais antiga resiste ao tempo; não teme a extinção. Mudou de forma, endereço, sofisticou o conteúdo e estilizou sua denominação. Prostituta é um termo forte para quem faz uso desse comércio “ilegal”, que tem como produto à venda as garotas de programa. Diga-se que o nível de oferta melhorou com a adesão das universitárias, algumas bilíngues, cheias de charme, que preferem ser chamadas de “acompanhantes”. Elas estão por aí, nos classificados dos jornais, nos sites específicos e têm como “ambiente próprio” hotéis de luxo, cinco estrelas. Motel, nem todas se aventuram.
Mas, ainda existe o estilo mais rústico, nos endereços mais estranhos, nas periferias ou camuflados no centro das grandes cidades. Aí os locais têm denominações várias. Aqui já houve “As Casas”, prostíbulos que perderam espaço para a concorrência com hotéis e motéis. O baixo meretrício ficou na história e nos romances de Jorge Amado. Na Casa da Luz Vermelha apagaram-se as luzes e as meninas do Bataclan se aposentaram. Quantas histórias por ali ficaram na poeira do tempo, nas ruas e becos. Eu acho que aquelas “mulheres da vida” eram mais gente. Embora mulheres de vida fácil, eram difíceis em tudo, especialmente na profissão. Eram menos despudoradas e menos entregues à luxúria que as “de luxo” de agora. Elas eram Madalenas e Genis mais “puras”. Arrisco-me dizer até menos promíscuas. Quase todas vendiam o próprio corpo por necessidade e não por opção. Não sei; são os livros que me dizem do passado. O presente está aí nas ruas e nas redes, para o variado prazer dos internautas, jovens e adultos, virtuais e reais. Os adolescentes não precisam do menor esforço; as meninas se dão nas redes e depois os levam para a cama. Ficar é uma situação mais cômoda para breve namoro com precoces e desprevenidas relações sexuais. E nem me refiro à polêmica relação com o mesmo sexo.
A difícil vida da mulher fácil ainda é profissão para as sofridas. Mas é uma “divertida” e arriscada opção para quem quer, "facilmente", vencer na vida pela simples ilusão do ter à custa do prazer.
Era meio dia. Eu ia pela calçada da W/3 quando uma senhora, maliciosamente, me abordou: - “Vamos namorar?” Tive bom humor e presença de espírito para respondê-la: - Agora, na hora do almoço? Não. Dá congestão. E prossegui, rindo de mim mesmo.
A profissão mais antiga resiste ao tempo; não teme a extinção. Mudou de forma, endereço, sofisticou o conteúdo e estilizou sua denominação. Prostituta é um termo forte para quem faz uso desse comércio “ilegal”, que tem como produto à venda as garotas de programa. Diga-se que o nível de oferta melhorou com a adesão das universitárias, algumas bilíngues, cheias de charme, que preferem ser chamadas de “acompanhantes”. Elas estão por aí, nos classificados dos jornais, nos sites específicos e têm como “ambiente próprio” hotéis de luxo, cinco estrelas. Motel, nem todas se aventuram.
Mas, ainda existe o estilo mais rústico, nos endereços mais estranhos, nas periferias ou camuflados no centro das grandes cidades. Aí os locais têm denominações várias. Aqui já houve “As Casas”, prostíbulos que perderam espaço para a concorrência com hotéis e motéis. O baixo meretrício ficou na história e nos romances de Jorge Amado. Na Casa da Luz Vermelha apagaram-se as luzes e as meninas do Bataclan se aposentaram. Quantas histórias por ali ficaram na poeira do tempo, nas ruas e becos. Eu acho que aquelas “mulheres da vida” eram mais gente. Embora mulheres de vida fácil, eram difíceis em tudo, especialmente na profissão. Eram menos despudoradas e menos entregues à luxúria que as “de luxo” de agora. Elas eram Madalenas e Genis mais “puras”. Arrisco-me dizer até menos promíscuas. Quase todas vendiam o próprio corpo por necessidade e não por opção. Não sei; são os livros que me dizem do passado. O presente está aí nas ruas e nas redes, para o variado prazer dos internautas, jovens e adultos, virtuais e reais. Os adolescentes não precisam do menor esforço; as meninas se dão nas redes e depois os levam para a cama. Ficar é uma situação mais cômoda para breve namoro com precoces e desprevenidas relações sexuais. E nem me refiro à polêmica relação com o mesmo sexo.
A difícil vida da mulher fácil ainda é profissão para as sofridas. Mas é uma “divertida” e arriscada opção para quem quer, "facilmente", vencer na vida pela simples ilusão do ter à custa do prazer.
Era meio dia. Eu ia pela calçada da W/3 quando uma senhora, maliciosamente, me abordou: - “Vamos namorar?” Tive bom humor e presença de espírito para respondê-la: - Agora, na hora do almoço? Não. Dá congestão. E prossegui, rindo de mim mesmo.