Dias atrás, um jovem arrogante, que dirigia seu veículo achando que toda a rua lhe pertencia, colocou em risco a vida de pessoas que transitavam pela mesma via. Ao questioná-lo sobre seu modo de dirigir irresponsável, ele simplesmente olhou-me e disse: “ O que foi velho?”.
Naquele momento, eu que não sabia se o repreendia ou simplesmente sorria da sua estupidez, limitei-me a dizer: “ Respeite mais os outros, se quiser chegar a minha idade e ser um velho”
Ele, depois de ouvir o que eu havia dito, acelerou o carro e saiu em disparada, proferindo palavrões de toda ordem, muito comum em jovens sem educação que já não respeita ninguém.
Pelo perfil dele sei que nunca irá ler este texto, pois, se gostasse de ler, respeitaria aos outros e jamais faria no trânsito, o que fez.
Após o incidente fui caminhando lentamente, enquanto meu pensamento viajava distante, para ir ao encontro de minha juventude e tentar fazer um paralelo entre a minha época e a atual.
Tentei encontrar na minha juventude, pessoas como aquela com quem eu havia acabado de me deparar. Depois de minutos naquela viagem, voltei a minha realidade e constatei que tudo havia mudado radicalmente. Para pior.
Ante minha perplexidade momentânea, tentei achar um responsável pela falta de educação de jovens e até adultos de hoje. Em meu pensamento só veio uma frase “excesso de liberdade”
Que tem mais de cinquenta anos deve ter notado que nos últimos tempos, a sociedade perdeu quase todos seus valores e referencias. Parece que as normas ditadas atualmente visam acabar de uma vez com os valores morais e éticos.
Se fizermos uma reflexão, veremos que surgiram várias, leis e costumes com a finalidade acabar com a moral, os bons costumes, o respeito pelas pessoas e pelo próprio país. Estão jogando fora todos os valores que nortearam nossa vida. Colocam para os jovens de hoje, que nada do que nós vivenciamos, estava certo.
A quem interessa destruir os valores da nossa sociedade?
Depois de minutos que pareceram eternidades, à procura de um vilão, para nele jogar a culpa pelo estado atual das coisas, em minha mente foram surgindo vários e mentalmente fui enumerando-os:
Televisão, apesar de ser um excelente veículo de comunicação; estatuto do adolescente que deu excessiva liberdade sem nenhum obrigação; excesso de tolerância com o erro; os maus exemplos dos políticos, magistrados e todos que deveriam servir de exemplo; leis de que visam marginalizar o cidadão de bem; a ausência dos pais na educação dos filhos; um ensino de má qualidade; a comissão de defende os tais “direitos humanos”; e uma centena de outros fatores.
Após alguns momentos de reflexão fiquei quieto, tentando encontrar uma solução para reverter a atual situação. Sem encontrar respostas, já estava meio desalentado, quando uma voz que pareceu ressoar dentro de minha cabeça, dizia:
“Não se preocupe tudo isso é necessário que aconteça, pois faz parte do aprendizado e evolução do homem”
Mesmo concordando, não posso deixar de ficar apreensivo com os atuais rumos da nossa sociedade. Mas, se é um projeto da Lei. Como ir contra ele?
Hoje quando vejo situações análogas a esta, sorrio e agradeço a Deus, por ter a capacidade de entender, suportar e tentar direcionar pessoas a seguir os retos caminhos.
06/02/14 -VEM