Pra mim mesmo!

Pago o preço que precisar

Para ser eu mesmo, sem titubear nenhum segundo.

A minha fase de máscaras terminou

Também minha quaresma já passou

E minha Páscoa ainda não chegou

Estou na perspectiva do Advento

Do Te Deum Laudamus

Quando queriam que eu entoasse um DE PROFUNDIS

Ou murmurasse um MISERERE.

Não!

Não vou caber em esquemas deste naipe.

Não vou negar a minha RAÇA, o meu SANGUE, a minha ESTIRPE.

Tenho cabelo na venta...

Eu venho das amplidões

Contacto-me com as regiões etéreas

Não temo a poeira das covas dos cemitérios!

"EU TAMBÉM TENHO AS MINHAS DEFESAS"

Dizia uma velha catimbozeira e discriminada que conheci quando menino...

Mas, e porque não?

Eu também tenho as MINHAS!

Não temo as demandas seu moço!

Não tremo nas bases sem me levantar num pinote!

Quem souber o que é uma "LIGEIRA"...

Quem me conhecer! Sabe que eu também tenho a MINHA!

Por isso eu sou isso tudo...

Apenas e tão somente isso que posso e devo ser.

"POR CIMA MUITA FARINHA, POR BAIXO UM MULAMBO SÓ!"

Não!

Comigo não!

A carne que tem é a que eu posso mostrar, comprar, servir!

ALELUIA

SARAVÁ!

Thomas Saldanha, Natal 06 de fevereiro de 2014.

Thomas Saldanha
Enviado por Thomas Saldanha em 07/02/2014
Código do texto: T4681436
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2014. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.