“Gravetos humanos”
Todas vezes que ouço alguém falar em magreza me lembro desse nome – Twiggy. Ela é considerada, ainda hoje, uma das primeiras supermodelos do mundo. Sua imagem quase andrógina a tornou um ícone da moda e de estilo na década de 60.
É importante lembrar que ela nasceu magra, diferentemente das meninas de hoje que querem ser como ela sem nem ao menos conhecer a sua história. Essa diferença é fundamental e necessária para que as modelos de agora, não se tornem criaturas amorfas.
Essa procura incontrolável da magreza me faz acreditar que quem manda nos corpos dessas adolescentes, não são elas mesmas, mas sim, as pessoas que as querem ver como seres extraterrestres. Twiggy no auge da fama disse que não era possível ser cabide a vida toda, por isso abandonou a profissão precocemente.
A apresentadora Luciana Gimenez chegou a declarar em uma de suas entrevistas que a magreza gera mais inveja do que o dinheiro. Infelizmente não sei o que é pior, pois não sou magro e nem tenho tanto dinheiro que possa causar, nos outros, o desejo de terem o que não tenho.
Nossas modelos estão parecendo fio desencapado – não se vê nem peito, nem bunda e quando se vê, na maioria das vezes, é silicone. Mas quando entram nas passarelas são aplaudidas de pé, não sei se é pela magreza ou se pelas roupas que as vestem.