Alem das Fronteiras
Então desmaiei quando acordei estava dentro da oca com a visão meia embaralhada vi ele mudando de blusa e num milésimo de segundo estava do meu lado não atinei o que ele estava fazendo até sentir o calor em meu corpo deveria estar me trocando então desmaiei de novo.
Não sei quanto tempo fiquei semi inconsciente só abria os olhos tentava levantar mais a tontura não deixava e sempre com ele do meu lado cuidando de mim mesmo no estado que eu estava chegava a me incomodar um vampiro, um vampiro tentava pensar mais o esforço fazia eu desmaiar até que acordei e consegui finalmente me sentar minha cabeça ainda rodava mais com menos intensidade não vi ninguém a aldeia parecia silenciosa então foi quando o vi de pé na entrada da oca com alguma coisa nas mãos eram frutas ele se aproximou de mim com o olhar fixo em mim como ele sempre fazia e agora talvez eu entendesse o por que ele sendo um vampiro eu era o seu alimento principal isso me fez me encolher um pouco diante dele.
____ Ei! já te disse não vou te machucar parece que você cuida disso perfeitamente quando quer_____ Disse se sentando perto de mim e pondo a cuia com as frutas no meu colo e pegando no meu braço e me mostrando um ferimento que estava ainda sangrando isso me fez arrepiar-se
____ Está com frio?___Perguntou ele com a voz mais baixa do que de costume e mais inebriante ainda será que ele desconfiava que eu sabia do seu segredo será que ele iria me deixar sair mesmo dali?
____ Não ____ Consegui responder com a voz trêmula eu vi ele se levantando e caminhando em direção do lado da oca onde eu tinha feito um buraco para fugir lá estavam duas mochilas ele se abaixou e pegou uma espécie de nécessaire e caminhou de volta e sentou-se no mesmo lugar onde estava
Então ele pegou meu braço machucada que estava com o curativo ensopado de sangue e começou a tira-lo me avisando que doeria um pouco eu o via perplexa limpar aquele sangue do meu ferimento e retirar da nécessaire uma espécie de vidrinho onde colocou o liquido em uma injeção e aplicou em meu ombro depois fez outro curativo se levantou e foi guardar a nécessaire dentro da mochila voltando de novo a se sentar onde estava aquilo me pareceu um absurdo tão grande como era possível um vampiro não se manifestar diante do sangue humano eu não era chegada em certas leituras nem filmes mais alguma coisa eu tinha lido sobre isso eu não podia mais me conter teria que conversar com ele sobre isso mais ele se adiantou no assunto
___ Ana quando eu disse que você não precisava saber nada de mim falei sério é melhor pra ambos entendeu e agora como você deve ter notado tem duas mochilas ali uma é sua com alguma coisa pra você sobreviver a viagem de volta era pra você já ter ido mais a sua vamos dizer assim tentativa de ultrapassar a fronteira da vida atrapalhou meus planos eu não consigo acreditar que você teve coragem de pular daquela cachoeira não mesmo o que deu em você?___ Ele finalmente tinha perguntado o que eu não queria dizer pois nem eu sabia eu só sabia que minha vida tinha terminado e ponto final
____ Está bem se você quer assim e quanto a viagem de volta vamos partir quando?____ Suspirei fundo antes de continuar ____ E quanto a eu querer ultrapassar a fronteira da vida isso não é assunto seu alias não sei por que você foi me tirar de lá você provavelmente teria resolvido o seu problema comigo estaria morta e você não ficaria preocupado com o que eu vou falar as autoridades sobre o acampamento_____ Disse-lhe vendo seu rosto de perplexidade por eu tratar minha tentativa de suicídio dessa maneira talvez ele achasse que eu iria chorar que eu iria pedir desculpas mais não agora tinha consciência plena que a morte era a única solução para resolver meu problema.
___Eu decidi que vou te dar um voto de confiança e tenho algumas decisões a tomar e um lugar pra ir pode se dizer que eu vi em minha bola de cristal que você deve partir imediatamente pois sei que vai se comportar direitinho por isso é melhor você comer alguma coisa pois a viagem é longa e cansativa ainda mais com este novo ferimento____ Disse ele se levantando e tomando rumo da saída
Não sei por que não me sentia aliviada com isso por que o silêncio da aldeia eu perguntei a ele antes dele sair da oca
____Eles estão preparando o nosso caminho você vai ver por que daqui a pouco é melhor você se alimentar e se vestir não temos muito tempo logo eles os guias virão _____ Disse ele me olhando fixamente
Então quando ele saiu tentei me levantar pra começar a me vestir caminhei até as duas mochilas e minha curiosidade falou mais alto abri a mochila que deveria ser dele revirando achei um passaporte quase cheio então deduzi que ele viajava demais um viajante pensei é como vampiro deveria se mudar muito mais então era mito que um vampiro não poderia andar na luz do sol pois pelo que vi Adriam o fazia sem nenhuma preocupação parei de fuçar em suas coisas e fechei sua mochila para começar a me arrumar
O trajeto que fizemos foi meio penoso pra mim demorou quase cinco dias para chegarmos onde Adriam queria tinha horas que ele me carregava sem nenhum esforço físico até ser a hora de montarmos uma espécie de acampamento eu e ele os guias sumiam a essas horas e quando era de manhã havias outros até chegarmos no rio onde estavam duas barcas então entendi o por que da aldeia estar vazia e silenciosa os índios tinham nos acompanhado durante o trajeto mais por que?
Só saberia da resposta muito mais tarde em conversas com Adriam quando ele queria falar mais sobre a ligação dele com esta aldeia no meio do Amazonas comigo seus olhos brilhavam de cita-la parecia um menino descobrindo toda a imensidão do mar vendo-o pela primeira vez
Dali em diante fomos em barcos separados ele se despediu de mim com um beijo na testa o que me deixou surpresa e segurando em minhas mãos
____ Se cuida tá ____ Disse ele com um olhar de preocupação
____ Não precisa pedir pode deixar eu me cuidarei ____ Disse ele já pensando em como e quando poderia dar um fim naquela agonia que não tinha mais fim
A surpresa do meu aparecimento chocou minha cidadezinha no interior de São Paulo junto trazia o que tinha sobrado do meu irmão sua roupa e sua mochila que dia horrível fui tratada como uma criminosa sem falar nas autoridades que foram frias e desumanas comigo até o inquérito terminar passei alguns dias na casa da irmã Augustina que estava morta já fazia anos e agora sua casa pertencia a sua filha que voltou e se tornara um membro da igreja era chamada de a filha pródiga arrependida, Maria Madalena sem falar em comentários nada cristãos sobre ela era o fim e ela aceitava tudo com uma resignação que me causava dor e inveja dor de me lembrar que eu era assim no tempo que eu não sabia por que era maltratada e inveja pois queria ter essa força de aceitar a morte dele depois fui pra nossa casa que tive a desagradável surpresa de saber que estava sendo leiloada pela próprio grupo que contratara meu esposo então fui falar com eles sobre isso logo que consegui contato marcaram uma reunião para falarem comigo quando cheguei na filial deles em São Paulo fui surpreendida com o novo chefe do grupo aquele membro que no dia que eu e Gustavo fomos conhecer e foi fechado o negócio não tirava os olhos de mim
Alguma coisa me incomodava nele não era só o olhar que ele tinha fixo em mim mais havia algo nele que me arrepiava e logo eu saberia o que era
_____ Sente-se preciso ter uma conversa com você muito séria Ana __ Me disse olhando com um sorriso maléfico de mais para um humano
Então meus olhos como por encantamento se abriram não podia ser eu estava ficando louca
____ Não você não esta ficando louca Ana imagino que você deve ter entrado em contato com outro vampiro não é no Amazonas por isso você ainda está viva por enquanto ____ Disse ele sentado em sua cadeira por trás da mesa parecendo um rei
____ Como você sabe sobre_____ Fui interrompida por ele
____ Eu tenho o dom de ler as mentes então não adianta você mentir pra mim mais o que eu quero de você é uma coisa bem simples Ana...
Então daquele dia em diante encontraria Iam que me daria os manuscritos para eu escreve-los em forma de um livro contando uma história verdadeira em troca me deixaria com a casa que eu e Gustavo morávamos e me contaria o que ele achasse que eu precisasse saber aquilo pra mim foi o fim depois de alguns dias cortei os pulsos e Adriam não sei como me achou e novamente me salvou