Leia se quiser
 
     
          Assunte só: Escrevi esta crônica enquanto cortava o céu do nordeste, a caminho do Ceará.           Era para tê-la publicado, tão logo tivesse à minha disposição a Internet, que, infelizmente, os nossos aviões ainda não oferecem aos seus clientes, quando a bordo. Tenho fé em Santos Dumont que um dia chegaremos lá.
          Mas vejam o que aconteceu. Por causa de um desses cliques repentinos e irresponsáveis, minha crônica desapareceu do meu Notebook! Não tinha como tê-la de volta para publicação, logo aterrissase no Aeroporto Pinto Martins, em Fortaleza.
          Hoje - pasmem! - sem saber como, repito, sem saber como, eis que minha crônica apareceu.                 Mesmo com um pequeno atraso, decidi pô-la no meu site, colocando-a à disposição de quem quiser saber como a escrevi, lá nas alturas. Leia quem quiser.
         - Estou em pleno voo entre Salvador e Fortaleza. No momento, não tenho como dizer em que altura estou voando. O comandante permanece em silêncio, na sua cabine parcialmente indevassável.
          O tempo lá fora, ao contrário do que informou o serviço de meteorologia, não é dos melhores. Não estou atravessando um céu de brigadeiro como esperava, depois de ouvir a bela mulher do tempo e consultar o Google. Ambos falharam. Enfrento turbulências que me causam, não nego, um tremendo mal-estar. Medo?
          O serviço de bordo é sofrível. Sucos ( não tem diet), biscoitinhos, amendoim, batatinha frita ou castanha. 
          A castanha não é boa. Ainda não consegui entender por que essas empresas aéreas não adquirem a castanha do Ceará, sem sombra de dúvida, a melhor do mundo.
          A que neste instante estou comendo, leio na embalagem, é de São Paulo. Ora, castanha boa, é a do Ceará. 
          A aeronave, ao que me parece, tem milhares e milhares de horas de voo. Não é um equipamento dos mais modernos.
          Deixa a desejar, por exemplo, a disposição de suas poltronas, nada confortáveis. Ligeiramente  aucochoadas, mas não deixam os passageiros movimentar livremente as pernas. Um suplício! Um sufoco! Amigo, a viagem de avião, embora rápida, é cansativa e monótona.
          Quase duas horas de voo separa Salvador de Fortaleza, se esse é direto, claro. Estou acabando de fazer esse percurso. Sinto que a aeronave perde altura, instalando-se no seu interior aquele conventual silêncio.
          O comandante ainda não falou, mas me parece que o tempo em Fortaleza não é dos melhores. Constato isso, buscando ver a cidade pela janelinha que, escancarada, me põe, diante dos olhos, boa parte da capital cearense.
          E o avião vai descendo, lento, suave e resoluto; como se fosse uma andorinha, depois de voar horas e mais horas.
               A aeromoça pede que sejam desligados os celulares, Notebooks e Tablets para não pôr em perigo o pouso, que está próximo. E o pouso aconteceu!
           Estou no Ceará. Logo mais, estarei no restaurante do Alfredo saboreando sua tradicional e deliciosa peixada, depois, claro, daquela "cerrejinha" gelada, para aguentar sorrido o calor de Fortaleza.  
Felipe Jucá
Enviado por Felipe Jucá em 02/02/2014
Reeditado em 05/11/2020
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