GAUCHITO GIL
Trata-se de um personagem da história da Argentina, que nasceu na cidade de Mercedes, da região do Chaco (Argentina) e que, em torno do qual existe a lenda que o transformou em herói ou santo, daqueles menores, que não são reconhecidos pela igreja oficial, mas que são cultuados pela população e que, com o passar do tempo, vão acumulando histórias de curas milagrosas.
Se por efeito placebo ou não, o fato é que essas curas se realizam, e os fies agradecem ao “pequeno deus”, colocando fitas e tecidos vermelhos nas árvores como lembrança do seu sacrifício.
Numa das versões, o Gauchito Gil é mostrado como o justiceiro, tal como Robin Hood, tirava dos ricos para entregar aos pobres, a fim de minimizar a miséria do povo maltratado pelos senhores donos das terras e controladores da produção.
Outra versão fala do herói que tendo se alistado na guerra do Paraguay e reconhecendo a injustiça que se fazia contra aquele povo, desertou.
Como desertor é perseguido, preso, julgado e condenado à morte.
A execução se deu com ele atado a uma árvore.
O carrasco cortou-lhe a garganta para que morresse em consequência da hemorragia.
Os panos vermelhos, que hoje em dia são colocados nas árvores, relembram o sangue derramado pelo homem/santo que, mesmo sendo sacrificado curou a doença grave de que sofria o filho do carrasco.
Disse Gauchito Gil ao carrasco:
- Eu te perdoo por me executares e curarei teu filho do mal que ele sofre.
O carrasco não deu atenção à fala do condenado, imaginando que o Gauchito queria ser libertado e o executou.
Chegando à casa encontrou o filho, brincando do lado de fora, completamente curado.
Com grande arrependimento, voltou ao local da execução, deu sepultura cristã ao corpo do sentenciado e espalhou a notícia da cura milagrosa dando início ao culto que dura até hoje...